Cerca de 60 PMs foram afastados do trabalho para receberem cuidado psicossocial no Amapá



Cerca de 60 policiais militares foram afastados das funções entre janeiro e julho no Amapá, por problemas ligados à saúde mental. A maioria procura o Centro Psicossocial da Polícia Militar (PM) por depressão, síndrome do pânico, e ainda problemas de alcoolismo e familiares.

Os militares que precisam de ajuda são atendidos no Centro Psicossocial da PM, que possui psicólogos, assistentes sociais e contam com auxílio de médicos da Policlínica da instituição.

 

 

Policiais militares podem procurar voluntariamente o Psicossocial ou serem encaminhados por comandantes — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

No local, os policiais são encaminhados pelos comandantes de batalhões ou procuram os profissionais de forma espontânea. Ele passa pela assistência social, que funciona como uma triagem, e depois é encaminhado para o psicólogo.

 

 

 

Gorete Matos, coordenadora do Centro Psicossocial da PM do Amapá — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

De acordo com Gorete Matos, coordenadora do Centro Psicossocial, a maioria dos militares atendidos atualmente estão lotados no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e no Batalhão da Força Tática (BFT).

 

 

Policiais que atuam no Batalhão da Força Tática são alguns dos mais atendidos pela instituição — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Ela explica que a instituição decide pelo afastamento do policial quando os casos são mais graves. Antes, tudo é avaliado. Existe também uma preocupação com os PMs de batalhões quando ocorrem confrontos com criminosos onde há ou não morte de suspeitos.

“Desde 2017 existe uma portaria do Comando-Geral que os policiais que se envolveram em confronto armado, seguido ou não de morte, são retirados do trabalho e são encaminhados para o psicossocial. O psicossocial faz uma avaliação da guarnição, e, se observado que o militar não tem condições de estar na rua, ele é afastado, por 10, 15 dias, dependendo da gravidade da situação”, disse a coordenadora.

 

 

 

PMs vivem rotinas estressantes de trabalho — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Por atuar na pressão de cuidar da segurança das pessoas, o PM vive uma das rotinas de trabalho mais estressantes entre as profissões. Por isso, a polícia tem fortalecido o trabalho de atendimento aos policiais militares. Uma das atividades é falar sobre o estresse no dia a dia.

“A atividade policial é uma atividade estressante. Nós temos um programa desde setembro, que estamos fazendo uma prevenção, com palestra falando sobre o estresse do policial militar; falamos sobre o que é esse estresse, como ele começa e damos algumas dicas de como evitar o estresse, e ainda como ajudar a desestressar”, acrescentou Gorete.

Todo o trabalho é feito pra evitar casos em que o policial tira a própria vida. Em 10 anos, segundo o Centro Psicossocial, foi um caso de suicídio entre militares.

 

Fonte: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2019/10/03/cerca-de-60-pms-foram-afastados-do-trabalho-para-receberem-cuidado-psicossocial-no-amapa.ghtml / Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Veja alguns trabalhos

 



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