Oftalmologista alerta sobre as principais formas de prevenção da ‘carne crescida’



Olhos vermelhos, secos, dificuldade em lacrimejar, sessão de ardência e embaçamento visual, são alguns sintomas de pterígio, doença popularmente conhecida no Amapá como ‘carne crescida’, que é responsável por atingir pessoas que não protegem a visão durante exposição ao sol. Sobre essa perspectiva, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destaca as principais formas de tratamento e prevenção dessa doença.

De acordo com a oftalmologista do Hospital de Clinicas Dr. Alberto Lima (Hcal), Lana Pires, o pterígio é a formação de uma fibra vascular anormal, onde cresce uma pele em direção à córnea, que é a lente transparente e a principal da camada refrativa dos olhos. Dependendo do tamanho, essa fibra dificulta a visão deixando a vista embaçada.

A especialista explica que as causas para o pterígio geralmente são genéticas, mas o fator ambiental é o mais agravante, principalmente no Amapá, pois a incidência solar é muito alta e os raios UVA UVB provocam o crescimento e a proliferação dessa fibra vascular. “Na maior parte das vezes a doença se manifesta já na vida adulta sendo muito comum entre idosos, principalmente, os que trabalharam com exposição excessiva ao sol e sem proteção”, destaca a médica.

Diante desses sintomas, a orientação é que as pessoas procurem um oftalmologista para que seja feito o diagnóstico clínico, com avaliação de especialista, que fará exames para conferir o tamanho e o grau do pterígio. Dependendo do resultado, o médico indicará as melhores formas de tratamento. “Indico para meus pacientes em casos moderados, a aplicação de colírios para amenizar os sintomas de ressecamento, olhos vermelhos e ardência. Isso ajuda a estagnar, porém, o tratamento e cura definitiva ainda é a cirurgia”, complementa Lana.

A oftalmologista ressalta que o procedimento cirúrgico é bem rápido e simples de ser feito, levando cerca de 40 minutos para ser concluído. Mas, o ideal é que as pessoas ainda procurem formas de prevenção, como o uso de óculos solar com proteção dos raios UVA/UVB, e sempre realizar consultas e acompanhamento com oftalmologista, pelo menos uma vez no ano ou a cada seis meses. “Caso a pessoa não faça nenhum tipo de tratamento, o pterígio pode agravar, cobrir a pupila e diminuir a visão, mas não ocorre cegueira total”, alerta Lana Pires.

Acompanhamento

Para as pessoas interessadas em realizar acompanhamento com oftalmologistas, o Hcal disponibiliza o serviço gratuitamente para o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), com equipe de especialistas e equipamentos necessários para realização de exames e alguns procedimentos cirúrgicos. Para agendar uma consulta com especialista no Hospital Alberto Lima, o usuário deve possuir encaminhamento, documentos pessoais e cartão do SUS.

Já os procedimentos cirúrgicos como remoção de pterígio, quando o usuário já fez todos os exames solicitados pelo médico, a cirurgia é agendada no centro oftalmológico do Hcal. Semanalmente, são realizadas uma média de 10 cirurgias eletivas dessa doença. 

 

Por: Jamylle Nogueira /  Foto: André Rodrigues/Sesa

Veja alguns trabalhos

 



Deixe seu Comentário

 

VOLTAR A PÁGINA PRINCIPAL