AP foi o estado com menos indenizações pagas por mortes no trânsito em 10 anos pelo DPVAT



O Amapá foi o estado com menos indenizações pagar por mortes no trânsito ao longo de 10 anos pelo Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). De 2009 a 2018, o seguro pagou 1.438 indenizações no estado. Os dados estão em um relatório especial de 10 anos da Seguradora Líder, responsável pelo DPVAT.

O documento, que reúne os números de pagamentos de indenizações por mortes no trânsito brasileiro nos últimos 10 anos, foi divulgado para marcar o Dia Nacional do Trânsito, celebrado nesta quarta-feira (25).

De acordo com os dados, o Amapá teve uma leve queda entre os anos de 2009 e 2018 no número de pagamentos por esse motivo: de 104 para 103 (-1%).

O relatório ressalta que, no geral, o trânsito brasileiro é muito mortal. Um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado no dia 19 de setembro, mostra que houve 15 mortes em acidentes ocorridos em rodovias federais no Amapá em 2018.

O relatório também filtrou o número de indenizações por tipo de vítima, idade e tipo de veículo. No Amapá, os automóveis seguem sendo os que mais matam no trânsito.

Os pedestres (52%) e os motoristas (38%) apareceram como as maiores vítimas em 2018. Quanto à faixa etária, a maioria dos mortos no trânsito tinham entre 45 e 64 anos; e, em seguida, aparecem os que tinham entre 25 e 34 anos.

 

Outros estados

Em comparação aos outros estados, o Acre foi o que mais reduziu o número de indenizações pagar: queda de 95%, passando de 1.931 reembolsos em 2009 para 101 no ano passado.

Em números absolutos, o estado com o maior número de pagamentos foi São Paulo, com 5.462 reembolsos em 2018. Ainda assim, o número é 51% menor do que 10 anos atrás, quando foram pagas 11.040 indenizações. São Paulo é o estado com a maior frota de veículos do país.

Considerando o número de indenizações pagas pelo número de habitantes dos estados, o pior índice ficou com Tocantins, com 38 indenizações para cada 100 mil habitantes em 2018. No Amapá, o índice era de 12 indenizações a cada 100 mil habitantes no ano passado.

No Brasil, o número de indenizações pagas por mortes caiu 27,8% entre 2009 e 2018, passando de 53 mil para 38,2 mil. No acumulado destes últimos 10 anos, foram pagas 485,1 mil indenizações por morte no trânsito.

Mesmo que tenha registrado redução no número de reembolsos, isso não quer dizer necessariamente que o número de mortes no trânsito tenha caído, já que o DPVAT considera apenas casos em que houve abertura de processo para pagamento de indenização após o acidente.

 

Quem recebe o Seguro DPVAT?

A Seguradora Líder administra o imposto, pago anualmente por motoristas de todo o país. O benefício protege brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa.

Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, por algum veículo automotor, como carro, caminhão, ônibus e motocicleta. São três tipos de cobertura:

 

  1. por morte (o valor é de R$ 13,5 mil) – quem recebe são os familiares;
  2. invalidez permanente (de R$ 135 até R$ 13,5 mil);
  3. e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2,7 mil).

 

A proteção é assegurada por um período de até 3 anos, ou seja, o benefício pode ser acessado nesse período.

 

Como pedir?

Para dar entrada no pedido de indenização do seguro DPVAT é preciso um laudo médico, registro da ocorrência do acidente de trânsito, documentos pessoais, notas fiscais ou recibos ou certidão de óbito - em caso de morte.

Para dar entrada no benefício não é preciso pagar nenhuma taxa, e nem é obrigatório procurar uma empresa que faça esse tipo de serviço.

A solicitação pode ser feita nas agências dos Correios ou em seguradoras autorizadas. Outras informações de como receber o seguro DPVAT podem ser obtidas através dos telefones 4020-1596 para Macapá e 0800-022-1204 para os outros municípios; as ligações podem ser feitas das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira.

Dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório, 50% é destinado a essas indenizações. O restante é dividido entre o Sistema Único de Saúde (SUS) para custear a assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), para investimento em programas de educação e prevenção.

 

Fonte: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2019/09/25/ap-foi-o-estado-com-menos-indenizacoes-pagas-por-mortes-no-transito-em-10-anos-pelo-dpvat.ghtml

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