PIB do Amapá cresce 7,4% e chega a R$ 15,48 bilhões, aponta IBGE



A economia do Amapá cresceu 7,4% de 2016 para 2017, apontou resultado da pesquisa Contas Regionais, que definiu o último Produto Interno Bruto (PIB) – indicador que mede as riquezas produzidas nos três segmentos econômicos do Estado: agropecuário, indústria, e comércio e serviços.

O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (14), pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que desenvolvem a pesquisa em parceria.

De acordo com os dados, as riquezas amapaenses saltaram de R$ 14,47 bilhões em 2016 para R$ 15,48 bilhões em 2017. O desempenho deixou a economia amapaense em 5º lugar na Região Norte (R$367, 86 bi), atrás de Pará (R$ 155, 19 bi), Amazonas (93,2 bi), Rondônia (R$ 43, 5 bi), e Tocantins (R$ 34,1 bi).

 

Segundo a pesquisa, o resultado positivo se deve ao crescimento dos índices de volume de 1,6% e de preço 5,7%, que puxaram a economia para resultados melhores que nos dois anos anteriores.

Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram a agropecuária e o comércio e serviços.

Para o secretário de Estado do Planejamento, o auditor da receita estadual Eduardo Tavares, os resultados são um indicativo de retomada econômica, apesar do Estado ainda depender substancialmente de transferências de recursos federais para seu desenvolvimento.

“Por causa disso, a crise nacional realmente castigou muito o Estado nesses últimos anos. Por outro lado, assim que a economia brasileira começa a ser retomada, o estado também começa a dar sinais positivos”, ponderou o secretário.

Soja

O setor primário em 2017 apresentou crescimento na variação da produção de 7%, sendo a soja, com 25,6%, o produto que mais contribuiu para a elevação desse índice. A grão vem mostrando crescimento na quantidade produzida (28,5%) e no valor da produção (30,4%).

A alta da soja é um claro reflexo no aumento de áreas de plantio, experimentado nos municípios de Itaúbal (26,0%), Macapá (23,0%) e Tartarugalzinho (22,0%). Outras atividades do setor que obtiveram elevação em seus índices foram a pesca com 17,0% e criação de aves 15,0%. A participação do valor adicionado com 2,1% em relação a 2016 apresentou-se estável.

Comércio e serviços

O setor serviços teve crescimento de 8,84% em relação à pesquisa anterior. O crescimento foi experimentado em quase todas as atividades, exceto atividades profissionais (-16,32%) e arte e cultura (-3,76%).

Os serviços de alojamento e alimentação apresentaram ganhos de participação. Em 2017, o alojamento despontou com 6,2% na economia amapaense com um crescimento de 23,33%, que se deu em decorrência da expansão destas atividades em hotéis e similares (34,3%). Já os serviços de alimentação das famílias produtoras saltaram 25,5%.

Outro destaque foi o comércio, que teve recuperação de 19,47%, em relação aos anos de 2015 e 2016 que acumularam as maiores quedas (-4,01% e -11,56%, respectivamente).

Indústria

A principal baixa entre os setores econômicos no Amapá ficou por conta da indústria, que recuou na economia 1,1 p.p. em relação a 2016. Considerando o desempenho em 2017, este segmento apresentou uma queda (-2,76%) no Valor Adicionado, situação que ocorreu pelo pouco desempenho da atividade mineral na produção do minério não-ferroso.

O setor também apresentou declínio na indústria de transformação (-58,37%) e na construção civil (-19,26%).

Apenas as atividades de utilidade pública (82,78%) influenciado pela geração de energia com as hidrelétricas que já estão em plena atividade nos municípios de Ferreira Gomes e Laranjal do Jari impulsionaram crescimento na indústria amapaense.

 

Por: Elder de Abreu /  Foto: Carlos Cardozo/Secom

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