Aumento no número de carros particulares e redução de passageiros no transporte público pode criar colapso na mobilidade urbana de Macapá, afirma Setap



Atualmente a frota de veículos em todo o Estado é de 206.533, uma média de um para cada quatro pessoas, segundo dados do Detran

Macapá aparece como um dos municípios em que menos se usa transporte público. Em 2013, em nível nacional, 70% da população brasileira andava de ônibus. Seis anos depois esse número caiu para 51% e na capital Macapá esse número é menor ainda, cerca de 25%, isso considerando que um quarto desse número é de gratuidades (idosos, deficientes, estudantes, etc).

Os motivos para isso são preocupantes. Há menos de dez anos, existiam cerca de 100 mil veículos em circulação no Amapá. Em menos de uma década esse número dobrou para 206.533, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), atualizados até novembro de 2019. É uma média de um carro para cada 4 habitantes. O aumento no número de carros foi de 35% em relação a 2019 e o de motos 9%.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), os dados preocupam, pois demonstram uma tendência na via inversa à maioria das capitais brasileiras. Enquanto na maioria das cidades, se incentiva o uso do transporte coletivo, em Macapá vem caindo o número de passageiros. Essa queda se deve a uma série de fatores e não somente ao aumento da frota de veículos. Os mais preocupantes são a proliferação dos veículos piratas e a exploração de transporte por aplicativo sem nenhuma regulamentação e consequentemente sem fiscalização ou recolhimento de tributos ao erário.

Renivaldo Costa, porta-voz do Setap, afirma que em 2020 serão feitos diversos investimentos tanto pelo município quanto pelas empresas como forma de ampliar os corredores de ônibus, democratizar o serviço e garantir mais conforto ao cidadão. Estão sendo construídos 50 novos abrigos, dos quais 30 serão entregues até março. Além disso, vias que nunca receberam pavimentação serão asfaltadas e poderão fazer parte de itinerários.

Em relação ao transporte pirata, tanto o Estado quanto o município, por orientação do Ministério Público Estadual, endureceram a fiscalização. Desde o ano passado mudaram as regras do Código Brasileiro de Trânsito e além de serem multados, os veículos flagrados nessa atividade serão recolhidos aos pátios do Detran ou da CTMac.

“Um carro consome 30 vezes mais combustível por passageiro do que um ônibus. A utilização do transporte coletivo proporciona, assim, maior fluidez do trânsito, reduzindo o tempo de deslocamento das pessoas”, afirma Costa.

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