Governo do Amapá monta Centro de Apoio às vítimas; força-tarefa atua no local do naufrágio



O Governo do Estado do Amapá (GEA) adotou um pacote de medidas para garantir apoio às vítimas do naufrágio da embarcação Anna Karolinne III, que aconteceu na madrugada deste sábado, 29, a cerca de 100 quilômetros do município de Laranjal do Jari.

O governo estadual montou um Centro de Apoio e Acolhimento para prestar assistência aos familiares das vítimas. O local montado no quartel do Corpo de Bombeiros, em Santana, reúne assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros.

De acordo com o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Janary Picanço, no local é possível buscar informações sobre as pessoas que já foram resgatadas, as que estão desaparecidas e as vítimas fatais do sinistro.

"Aqui servirá como uma central de atendimento às famílias que buscam notícias sobre os parentes que estavam nessa embarcação. Todas as informações oficiais sobre esse sinistro deverão ser concentradas aqui no quartel dos Corpo de Bombeiros de Santana", reforçou o coronel.

A Defesa Civil e a Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims) estão convocando os familiares para que possam passar informações que ajudem na identificação das vítimas. No domingo, as vinte e três famílias que foram atendidas relataram o desaparecimento de parentes que estavam na embarcação.

 

Força-tarefa

A estrutura montada para o resgate dos desaparecidos conta com quatro aeronaves. Duas cedidas pelo Governo do Pará e duas pelo Governo do Amapá, com o Grupo Tático Aerotransportado (GTA) – helicóptero e o avião cesna. Duas embarcações também ajudam nas buscas, uma do Corpo de Bombeiros do Amapá e outra da Marinha. Mais de cinquenta militares trabalham na operação, incluindo Marinha, Corpo de Bombeiros e Policia Militar do Amapá e Pará, tendo cada estado enviado 9 mergulhadores para o local.

Trabalho de busca

46 sobreviventes foram resgatados. Até o momento 13 corpos foram encontrados, sendo três no sábado (29.02) e dez neste domingo (1º). São oito mulheres, incluindo três meninas com idade entre sete e onze anos; e cinco homens. Os corpos encontrados no sábado foram reconhecidos e estão sendo liberados para os familiares.

Os dez sobreviventes resgatados neste domingo estão em processo de identificação e foram levados para o município de Gurupá (PA), cidade mais próxima do local do sinistro.

Reconhecimento e translado

O Governo Amapá e do Pará definiram que todos os corpos encontrados passarão pelo processo de identificação e necropsia, na Polícia Técnico-cientifica, em Macapá, por ter a estrutura mais próxima do local do naufrágio.

O governador do Amapá, Waldez Góes, articulou junto ao vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, comandante do 4º Distrito Naval, ao qual o Amapá está vinculado, a disponibilização de um helicóptero de grande porte para auxiliar no translado. Ao todo 11 militares da Marinha auxiliarão no trabalho. O helicóptero já estará em operação nesta segunda-feira, 2, com o transporte dos dez corpos que estão no município de Gurupá, no Pará.

A prefeitura de Macapá disponibilizou 25 urnas funerárias para o sepultamento das vítimas. Psicólogos e assistentes sociais irão se integrar a equipe do Governo do Amapá no Centro de Apoio e Acolhimento dando assistência às vítimas do naufrágio.

A inexistência de uma lista definitiva de passageiros impede que a Defesa Civil tenha um número exato da tripulação.

O local do acidente só pode ser acessado por via aquática ou aérea e não há área para pouso de aeronaves, nem sinal de telefonia.

 

Governos do Amapá e Pará unem forças nas buscas e atendimento aos familiares e vítimas do naufrágio na região sul do estado.

Por: Gabriel Dias /  Foto: Márcio Pinheiro

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