Governo entrega cheques para construção de casas indígenas no Museu Sacaca



O Museu Sacaca terá novas casas indígenas na área de exposição a Céu Aberto. Um trabalho totalmente artesanal que será feito pelos próprios índios. Para isso, Governo do Estado, por meio do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), entregou nesta segunda-feira, 26, os cheques, no valor de R$ 56 mil, para as etnias Wajãpi (Pedra Branca do Amapari), Palikur, (Oiapoque) e Waiana/Apalai (Laranjal do Jari/Parque do Tumucumaque), responsáveis pela construção dos espaços.

Toda a matéria-prima será retirada das florestas de cada região, processo que deve durar 15 dias. Após isso, os índios de cada etnia iniciarão a construção das casas, do mesmo modo que é feito na aldeia, com madeira, cipó titica e palha. A ideia é que o espaço retrate a cultura indígena e mantenha viva a tradição. “Temos muitas histórias que não podem se perder, como as nossas construções. Um trabalho artesanal que é importante para nós, indígenas, e também para que os não indígenas conheçam e valorizem a nossa tradição”, explicou Cecília Apalai, representante dos Waiana/Apalai, do Parque do Tumucumaque.

Para o vice-governador do Amapá, Jaime Nunes, que representou o governador Waldez Góes, as casas são uma forma de incentivar a presença da comunidade indígena no museu. “Essas casas valorizam os povos indígenas e incentivam a presença deles aqui no museu. Além de possibilitar que os visitantes conheçam um pouco da trajetória cultural desses povos e os detalhes projetados nas casas”.

 

A expectativa é de que as casas fiquem prontas até julho. Nos espaços, os visitantes poderão conhecer a história das nove etnias do Amapá. Também serão comercializados artesanatos indígenas. “Estamos trabalhando desde a construção com os índios e posteriormente com a utilização dessas casas para comercialização do nosso artesanato”, explicou a secretária Extraordinária dos Povos Indígenas, Eclemilda Macial.

De acordo com a diretora-presidente do Iepa, Marlene Almeida, o recurso foi adquirido pelo Núcleo de Arqueologia do Instituto, após análise de materiais arqueológicos, resgatados na área de impacto da Usina Hidrelétrica Santo Antônio do Jari e que são mantidos no instituto. “É um valor repassado ao Iepa por manter esses materiais guardados em condições adequadas e que estamos utilizando para investir na valorização do museu”, explicou Almeida.

 

 

Por: Anne Santos /  Foto: Philippe Gomes / Secom

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