Creap usa terapia lúdica no tratamento de crianças com necessidades especiais



Desde os três meses de vida, o pequeno Heitor Manuel recebe atendimento no Centro de Reabilitação do Amapá (Creap). Portador da síndrome de Down, o garoto, hoje com três anos, apresenta significativa evolução com o tratamento. Nesta terça-feira, 26, Heitor foi um dos pacientes que participaram de mais uma edição do “Brincando Terapia”, projeto que utiliza atividades lúdicas com a participação de profissionais do Creap, familiares e recreadores.

 

A terapia acontece uma vez por mês em parceria com o Espaço da Criança, localizado em um shopping da zona sul de Macapá. Neste ambiente um grupo de 15 pacientes do Creap, na faixa etária de 3 a 9 anos, que são portadores de necessidades especiais como, paralisia cerebral, síndrome de Down e Transtorno Espectro Autista (TEA), realizam várias atividades lúdicas, que exercita a imaginação, memória, concentração, explora objetos e desenvolve a cognição linguística e motora.

De acordo com a terapeuta ocupacional do Creap, Vanessa Escobar, a participação dos pais é essencial durante essa terapia, pois, nesse ambiente, eles podem perceber o potencial de seu filho e a maneira que ele se desenvolve brincando. “Muitos pais têm receio de levar seus filhos em ambientes que tem aglomerado. A Brincando Terapia mostra que é possível usar esses momentos não apenas para o desenvolvimento da saúde física, mas de interação social”, destaca Escobar.

A pedagoga Tamara Pacheco, 23 anos, mãe de Heitor, participou das atividades com o filho. Emocionada, reconheceu o quanto a terapia tem ajudado no tratamento. “Sou extremamente grata ao Creap, pois aqui vejo o quanto ele tem se desenvolvido”, comemora.

Para que crianças com necessidades especiais possam ter acesso aos serviços do Creap, é preciso que os responsáveis tenham um encaminhamento médico, não necessariamente com diagnóstico fechado, para que seja realizado o cadastro. Após esse processo há uma lista de espera, e quando há vagas, a equipe do Centro entra em contato com família para que se inicie o tratamento, que dura em média seis meses.

Durante o acompanhamento, os pacientes recebem atendimento da equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogo, fonoaudióloga, assistente social, nutricionista, ortopedista e neurologista. Atualmente o órgão possuem 180 crianças com necessidades especiais.

Por: Jamylle Nogueira /  Foto: André Rodrigues / Sesa

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