Hemoap realiza programação especial para crianças com hemofilia e anemia falciforme



Uma programação lúdica mudou o expediente do Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá  (Hemoap) na manhã desta sexta-feira, 11, com a presença de crianças que fazem tratamento de hemofilia e anemia falciforme. A ação, alusiva ao Dia das Crianças, contou com brincadeiras, distribuição de presentes, pintura facial, música com a "Tia Nilda e a turminha do bairro" e um passeio pelo hemocentro, que emocionou voluntários doadores de sangue.

A ação foi realizada em parceria com as associações de pessoas com anemia falciforme e pacientes hemofílicos. Essas doenças afetam as crianças por coagolopatias hereditárias, fazendo com que elas precisem de tratamento e reposição de componentes sanguíneos por quase toda a vida.

De acordo com a promotora de eventos Ana Clara Mendonça, mãe da pequena Ana Vitória, de 2 anos, conviver com essas doenças é difícil.

"A minha mãe era hemofílica e logo nos meus primeiros meses de vida também fui diagnosticada com a doença. Agora, minha filha começou a apresentar os mesmos sintomas de hemofilia. Caso seja diagnosticada a doença, precisará fazer o mesmo controle que eu faço aqui no Hemoap. É difícil porque precisa vir duas ou três vezes por semana tomar medicação, fazer reposição algumas vezes, coisas que para uma criança é bem doloroso", ressaltou Ana Clara.

A ideia de realizar a programação foi pensada justamente para que as crianças não vejam o Hemoap apenas como um local de dor.

"É importante que esses pacientes sintam-se acolhidos, ao invés de apenas olharem para o hemocentro como um lugar destinado ao tratamento. Sabemos que é um processo doloroso e que exige muito da criança. Uma programação como esta significa muito mais do que uma simples ação de Dia das Crianças", frisou a diretora-presidente do Hemoap, Ruimarisa Martins.

Para o presidente da Associação de Pacientes Hemofílicos, Lindoval Sanches, a programação foi importante para desmistificar nas crianças o trabalho que o Hemoap faz.

"Para uma criança é muito difícil aceitar um tratamento como o que os hemofílicos precisam fazer. Uma ação como esta ajuda a mudar esse pensamento", ressaltou.

 

Por: Elmano Pantoja /  Foto: André Rodrigues

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