Lockdown é prorrogado no Amapá e vai até 2 de junho



O governador Waldez Góes assinou nesta quinta-feira, 28, o Decreto nº 1782, que prorroga as ações de isolamento social e o lockdown até o dia 2 de junho no Amapá. Com o acréscimo de mais cinco dias, o objetivo é reforçar o trabalho que efetivou medidas ainda mais restritivas para o combate à covid-19.

A decisão segue as recomendações científicas e foi anunciada após uma série de reuniões entre o governo, os prefeitos dos municípios, classe empreendedora, lideranças religiosas, chefes dos Poderes e órgãos de controle.

Nesses encontros, foram avaliados os resultados obtidos com o lockdown, que efetivou medidas ainda mais restritivas - como o rodízio de veículos - para reduzir o índice de circulação de pessoas nas ruas e impedir o avanço da doença.

Em relatórios apresentados, a equipe científica aponta que é necessário fechar o ciclo de 15 dias de isolamento mais rígido para não retroceder nos avanços já obtidos.

A prorrogação busca reforçar o combate à doença e segue as recomendações das equipes epidemiológicas, médicas e científicas.

“Durante todo o dia, tivemos muitas reuniões com órgãos de controle e do judiciário. O prefeito e eu avaliamos os resultados e os bons frutos colhidos. Agradecemos a população pela adesão e não podemos perder o que já conquistamos. A prorrogação é uma forma de evitar que pessoas infectadas permaneçam nas ruas e aumentem os índices de infecção”, explicou Góes.

Impactos do lockdown

De acordo com estudos técnicos e projeções matemáticas feitas pelo comitê científico do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp), o lockdown evitou cerca de 11 mil casos de covid-19.

Além disso, os relatórios apontam que a cada 1% de aumento na taxa de isolamento social, ocorre uma queda de 5,9% no número de casos confirmados. Por isso, o Amapá precisa aumentar a taxa de isolamento e isso será possível com o lockdown.

O boletim do coronavírus no Amapá do dia 28 de maio, apresenta 8,1 mil casos confirmados, 198 óbitos, a redução da taxa de positividade de 75 para 66%, além do decréscimo de 3% no número de novas amostras no Laboratório Central do Amapá (Lacen). 

Sem as medidas de isolamento e do lockdown, estima-se que o Amapá já teria 24 mil casos positivos da doença, 583 mortes, e manteria a média de positividade superior a 75%.

Flexibilização

Góes também informou que as equipes trabalham na construção de um plano para iniciar a flexibilização das medidas de restrição, a partir de sexta-feira, 5.

Para isso, é preciso reduzir a média geral de ocupação dos centros covid para pelo menos 50%, atualmente a ocupação é de 81,6% - sendo 93,6% de leitos intensivos e 72,5% de leitos clínicos.

Essa redução depende diretamente da adesão dos amapaenses ao isolamento social.

O prefeito de Macapá, Clécio Luís, afirmou que os dados registrados pela prefeitura também foram positivos e influenciaram diretamente na redução de atendimentos nas Unidades Básicas de saúde.

"Percebemos o efeito positivo da medida principalmente nas UBS's. Se o lockdown acabar agora, nessa situação, nós teremos, um retrocesso”, informou.

De acordo com o decreto n° 1782, as atividades suspensas pelos decretos anteriores permanecem restritas, exceto os estabelecimentos médicos, psicológicos, hospitalares, laboratórios de análises clínicas, farmacêuticos, farmácias de manipulação, clínicas de fisioterapia, de vacinação humana, clínicas odontológicas em caráter emergencial e escritórios de advocacia.

 

Por: Anne Santos /  Foto: Márcio Pinheiro

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