Pesquisadores apontam o aumento de óbitos por causas respiratórias em jovens do Amapá



Segundo o Observatório Fluminense de Covid-19, das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o Amapá aparece com o maior aumento percentual no país em óbitos por causas respiratórias em jovens de 20 a 29 anos.

A pesquisa, divulgada pela revista Carta Capital no dia 10 de agosto, mostra que em 2019 do total de mortes de jovens de 20 a 29 anos no Amapá, 12,12% eram por causas respiratórias. Já em 2020, houve aumento no número total de óbitos nessa mesma faixa etária, ficando em 26,67%.

Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (SIVEP Gripe), monitorado pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá, no primeiro semestre de 2019 foi registrado 1 óbito no estado por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os jovens, na faixa etária apresentada na pesquisa. Já em 2020, no mesmo período, o registro é de 11 mortes.

Aumento de casos

No painel geral de mortes por causas respiratórias no Amapá, que considera todas as faixas etárias, os dados do SIVEP Gripe registraram 8 óbitos no primeiro semestre de 2019, já em 2020, no mesmo período, foram 410 mortes.

Nos primeiros seis meses de 2019 as faixas etárias de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos não haviam apresentado nenhum registro de óbito. Neste ano foram registrados 15 e 49 óbitos respectivamente.

Nos primeiros seis meses de 2020 foram registrados 15 mortes em pessoas de 30 a 39 anos, enquanto na faixa etária de 40 a 49 anos houve 49 óbitos. No mesmo período do ano anterior não há registros de mortes.

O especialista em Saúde Pública e técnico da Vigilância Epidemiológica das Doenças de Transmissão Respiratória, João Trindade, explica que o aumento no número de óbitos por causa respiratória tem relação com a nova infecção causada pelo novo coronavírus.

“Os dados sobre óbitos são lançados no SIVEP Gripe e no Sistema de Informação de Mortalidade. Os registros de óbitos são enviados aos cartórios, onde as informações são disponibilizados em site eletrônico, o que serviu de base para a construção do relatório do Observatório Fluminense”, ressalta João Trindade.

 

Por: Nelson Gama /  Foto: Nelson Carlos

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