Coronavírus: Governo do Estado integra ação de saúde para indígenas no Parque do Tumucumaque



Os povos originários da Terra Indígena do Parque do Tumucumaque receberam mais uma etapa da ação de enfrentamento à covid-19. A iniciativa é uma parceria entre o Governo do Estado do Amapá, Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá e Norte do Pará (Dsei).

Desta vez, a ação ocorreu no lado leste do Parque Indígena e Rio Paru D´este, complementando, assim, o primeiro ciclo de ações, alcançando mais de 13 mil indígenas. Cerca de 25 profissionais da saúde do Estado do Amapá, como técnicos em enfermagem e enfermeiros, participaram desta última etapa da missão, sob a coordenação do Núcleo Estadual de Saúde Indígena (Nesi).

As 23 aldeias participantes da ação são das etnias Tiryió, Akuyô, Apalai e Waiana e têm difícil acesso. Cada uma delas recebeu por seis dias a atenção dos profissionais de saúde.

 

“Essa ação consiste em realizar uma busca ativa, fazer testes rápidos de covid em todos os indígenas e em todas as comunidades, fazer a dispensação de protocolo terapêutico, ou seja, medicamentos, para todos que testaram positivo. Essa parceria com o governo do Amapá, foi fundamental em todas as aldeias do baixo, médio e alto Rio Paru D´este. Encerramos, desse modo, esse primeiro ciclo, atendendo a 13.219 indígenas”, declarou Roberto Bernardes, coordenador do DSEai - Amapá e Norte do Pará.

Ao fim da reunião dos caciques e lideranças indígenas com técnicos do Dsei e da saúde amapaense, realizada na aldeia Urunai, a liderança Demétrio Tiriyó fez uma avaliação.

“Foi muito proveitoso e importante a ação. Eu tenho que agradecer às equipes que vieram junto com o coordenador [do Dsei], as equipes de saúde do governo. Então, tem que sempre ser assim, trabalhar junto, vocês sabem que não é fácil, e precisamos de parceria, com Nesi, com todo mundo, para melhorar saúde indígena”, declarou Demétrio Amissipa Tiriyó.

 

Desafiador e fundamental

Para a coordenação do núcleo de saúde indígena do Amapá, a tarefa realizada pelo Estado consistiu em um grande desafio. Andréia Pacheco, coordenadora do Nesi, destacou que não apenas esta última etapa, mas a ação como um todo no Amapá teve êxito, tendo os indígenas em território amapaense - e mesmo os do norte do Pará que o Estado do Amapá não se furtou em apoiar -, reagido bem à pandemia, sendo os registros de complicações graves ou óbitos, muito pequenos.

“Foi fundamental para os povos indígenas esse conjunto de ações em que fomos parceiros do Dsei. Conseguimos detectar pacientes acometidos e assim identificar e tratar preventivamente, evitando o agravamento da doença. Aqui no Amapá, diferente de outros lugares, os óbitos não foram a realidade, porque desde que começou a pandemia tivemos logo essa iniciativa de fazer essa busca ativa. Foi um enorme desafio, mas muito necessário”, finalizou Andréia.

 

Por: Marco Antônio P. Costa /  Foto: Bruna Arnas

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