Meu bem, meu mal

Meu bem, meu mal


Já parou pra pensar como fazer o bem parece coisa de outro mundo?

Uma referência que eu gosto de citar quando se trata desse assunto é o que declara o apóstolo Paulo:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7.18-19).

Esse é um assunto, inclusive, que divide opiniões entre filósofos. Uns acham que o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade. Outros acreditam que já nascemos maus, perversos e egoístas. Eu estou com aqueles que acreditam nesta segunda opção.

Falo por experiência própria de ter que fazer um esforço sobre-humano para ser melhor a todo instante porque, pra mim, é sempre mais fácil ficar com raiva e sair descontando em tudo e todos do que perdoar, relevar e olhar tudo com bons olhos.

Se eu não me esforçar para ter autocontrole, deixo a ira tomar conta de mim e acabo falando o que não devo. E, na maioria das vezes, “o tiro sai pela culatra”, porque não sei quem mais fica na pior: a pessoa que ouviu as lagartixas saindo da minha boca ou eu que me martirizo pelo que falei.

É exatamente como diz o livro de Provérbios 13.3:

“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação”

Algo que tem me ajudado bastante a minimizar estes efeitos colaterais é a auto observação.

Procuro perceber o que estou sentindo e o que me leva a esses sentimentos a fim de que consiga evitar que “a bomba estoure”.

É um esforço diário que nem sempre saio vitoriosa. Algumas vezes vou me dar conta do erro só depois que ele foi cometido... Mas, pelo menos, a lição foi aprendida para não fazer de novo.

Aí também entra a abençoada Inteligência Emocional

Ser inteligente emocionalmente é perceber o que nos leva a comportamos inapropriados, cientes de que toda e qualquer atitude acontece por um impulso emotivo.

Identificar os gatilhos que ativam esse impulso é o primeiro passo principalmente, porque, uma vez tomados pela emoção, não é possível controlar. Mas podemos decidir o que fazer com o que estivermos sentindo.

Será que estou só no mundo ou mais alguém enfrenta esse dilema interior?


Maiara Pires

Maiara Pires

Jornalista, Escritora e Produtora de Conteúdo Multimídia. Saiba mais: https://linktr.ee/maiarapiresescreve



O que achou deste artigo?