Empoderamento

Encontro "25 das Petas" e reforça protagonismo da mulher negra no Amapá


Representantes de diversas entidades e sociedade civil prestigiaram as atividades artísticas, culturais e debates, na Casa do Artesão.


Com o apoio do Governo do Estado, movimentos sociais de mulheres negras do Amapá realizaram na quinta-feira, 25, o "25 das Pretas", na Casa do Artesão, na orla de Macapá. O momento marcou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado com ações por todo o Brasil.

No Amapá, o evento reforçou o protagonismo da mulher negra, e reuniu representantes de diversas entidades e a sociedade civil, com objetivo de fortalecer as políticas públicas femininas. A iniciativa contou com o apoio das secretarias de Políticas para Mulheres, de Cultura (Secult) e do Trabalho e Empreendedorismo (Sete). 

Encontro ’25 das Pretas’ em frente a Casa do ArtesãoEncontro ’25 das Pretas’ em frente a Casa do ArtesãoFoto: Adriano Monteiro/GEA

A programação promoveu debates com temas como: violência e a gravidez por estupro de vulnerável, tipos de violência, estupro e feminicídio contra as mulheres, violência contra as mulheres negras e o adoecimento no trabalho.

A líder de movimento social, Ozena Safair, de 61 anos, milita no estado desde 1980 em vários segmentos como o da mulher e da pessoa idosa. Ela reforçou a importância das discursões e a inclusão dos homens no debate.

"Um dos assuntos que trabalhamos aqui foi a violência contra crianças e adolescentes, porque temos um índice muito grande de abuso de meninas e os traumas são terríveis. Temos que ficarmos atentos, porque esse tipo de violência geralmente acontece dentro da própria família. É importante ampliar o debate e incluir os homens quando trabalhamos a política da mulher,” pontuou.

Líder de movimento social, Ozena Safair, milita desde 1980Líder de movimento social, Ozena Safair, milita desde 1980Foto: Adriano Monteiro/GEA

Outra participante dos debates foi à poetisa e integrante do Grupo Tatamirô, Adriana Abreu, que desenvolve um trabalho social no município de Mazagão.

“O evento ajuda no fortalecimento das políticas, porque é importante ouvir todas as pessoas envolvidas e depois desse diálogo, decidirmos juntas, os nossos próximos passos", disse a poetisa.

Evento contou com debates e atrações culturaisEvento contou com debates e atrações culturaisFoto: Pablo Rocha/Agência Nagib

No Amapá, o movimento "25 das Pretas" iniciou em 1992 com a intensão de reforçar a luta pelos direitos das mulheres latinas, caribenhas e, principalmente, das mulheres negras, e teve como articulador o Movimento Arte da Pleta, como explica a articuladora da iniciativa, Andreia Lopez.  

"A luta começou com a intensão de reforçar os direitos e o combate à violência e o racismo. Desde então, o dia 25 virou referência no nosso calendário. Estamos aqui para enaltecer a importância dessas mulheres”, disse Andreia.

Articuladora do evento, Andreia Lopez Articuladora do evento, Andreia LopezFoto: Adriano Monteiro/GEA

A programação artística e cultural apresentou o trabalho de diversas personalidades do movimento, celebrando a data que faz referência a ancestralidade das mulheres negras.  A iniciativa ajuda a dar destaque às vozes das mulheres negras que precisam ser enaltecidas, como afirmou a secretária de Políticas para Mulheres do Amapá, Adriana Ramos.

“Esse evento celebra uma das datas mais importantes do calendário da política da mulher. É de grande relevância a participação de todos os entes que trabalham na defesa e na luta pelos direitos, porque somente com diálogo e união de esforços, iremos conseguir oportunizar que cada vez mais mulheres ocupem seus espaços na sociedade", destacou a gestora.

Foto: Adriano Monteiro/GEAFoto: Adriano Monteiro/GEAFoto: Adriano Monteiro/GEAFoto: Adriano Monteiro/GEA

Por Alice Palmerim

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