Com apoio do Governo do Amapá, e dando continuidade a programação da 24ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, na noite deste sábado, 3, em frente à Casa do Artesão, aconteceu a primeira "TransFest", com objetivo de mostrar as vivências trans e travesti e sua invisibilidade na sociedade.

O evento contou com exposição de arte, apresentações culturais, de capoeira, DJs e artistas locais, trans e travestis, com trabalhos autorais, de dança, poesia e canto, que animaram o público presente para prestigiar o Palco da Diversidade.

O momento foi celebrado por Camilo Campos, uma pessoa não-binária, que participou da programação da TransFest. "Ocupar esse espaço da arte e cultura com pessoas trans também é especial", destacou o jovem.

Neide Campos, mãe de Camilo, acompanhou o evento com entusiasmo e reforçou a importância de iniciativas que destaquem a vivência trans, dando visibilidade e combatendo a discriminação.

 “Viemos prestigiar a exposição de arte, que tem uma obra com os olhos de Camilo, e a apresentação da Margot. Lindo o evento, muito feliz de ver isso, a valorização de artistas trans amapaenses”, comentou a mãe.

Sendo uma das artistas que se apresentou na TransFest , Margot Inajosa, comemorou a realização da primeira edição e a alegria de fazer parte de algo tão importante, significativo e que reflete quem ela é.

“Espero que o evento continue por muitos e muitos anos, temos que comemorar essa conquista. Dei o meu melhor nesse palco, pois é aqui que estamos vendo em cada pessoa envolvida a vivência trans”, contou Margot.

Em mais um evento da 24ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, a Feira da Diversidade também reuniu empreendedores envolvidos na causa. Ana Castro participa pelo segundo ano do evento, e comemora a existência da programação.

“Uma noite maravilhosa, meu segundo ano fazendo parte de uma causa tão importante, combatendo a transfobia, todos os preconceitos, além de também empreender, muito grata mesmo”, reforçou a empreendedora.

Comandando a apresentação do evento, Céu Leehí, integrante da Comissão Especial de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da população LGBTQIA+ do Governo do Amapá, reforçou que a primeira edição da TransFest é histórica, como a parceria do Estado para realização e ampliação da Parada.

“Pela primeira vez, todos os artistas do palco foram pessoas trans e travestis, dando visibilidade, protagonismo, para esses artistas e é um compromisso do governo, uma luta do movimento social e é uma alegria imensa para toda a população, perceber que nós trans e travesti somos capazes de fazer arte, de dar alegria, de espalhar amor e de brilhar também”, concluiu.

 

Programação da 24ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+:

Domingo, 4
24ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+
Hora: 15h (concentração)
Local: Complexo do Araxá, saída às 16h30

Shows nacionais de Lia Clark e Karol Conká
Hora: após o fim da 24ª Parada do Orgulho
Local: Palco da Diversidade, em frente à Casa do Artesão, na orla de Macapá

Por Vanessa Albino

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