21ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ levanta bandeira da resistência no Amapá


Somente pessoas imunizadas puderam participar do evento que encerrou o Mês da Diversidade.


Com o tema “Verás que um filho teu não foge à luta: resistir para poder existir”, a  21ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ encerrou a programação do Mês da Diversidade no Amapá, neste domingo, 28. O evento aconteceu no Estádio do Zerão, na capital, com público limitado e exigência de imunização contra covid-19 para todos os participantes.  

O Mês da Diversidade iniciou no dia 4 de novembro e também incluiu ações como a Feira da Diversidade, a Parada Preta e a 4ª Marcha das Mulheres LBTI. A ideia é  movimentar a economia, promover a cidadania e oferecer um espaço de diálogo sobre respeito à vida de todos os componentes da sociedade amapaense

O Governo do Amapá investiu R$ 63 mil nos eventos. Destes recursos, R$ 21,7 mil foram para pagamento dos artistas e R$ 41.214,48 para os custos com estruturas de palco, sonorização e iluminação.

 

Resistir para poder existir

Nesta edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+, a madrinha foi a advogada Jeanny Raiol e o padrinho foi o Sistema Diário de Comunicação , ambos escolhidos pelo longo histórico de relação que possuem com o movimento social.

O coordenador da programação, Bryan Marques, considerou a importância da inclusão mais profunda da categoria na sociedade.

 

"O tema desse ano reflete a Parada LGBTQIA+ com as questões sociais. A parada sempre foi símbolo de resistência e luta para o avanço das políticas públicas para a classe", afirmou.

O servidor público Laercio Barbosa, 30 anos, participou da 21ª Parada e considera que o evento fortalece a comunidade. 

"É importante mostrar que a gente existe e resiste. Mais importante ainda foi a organização: com todas as regras de segurança e inscrição de pessoas limitadas, com segurança", disse.

Para o trabalhador Renan Távora, 30 anos, a Parada é uma forma de relembrar situações de violência e preconceito já vividas pela comunidade e que não devem se repetir. 

"A parada vem pra mostrar a luta contra o que já foi vivido no passado. Já sofremos muita discriminação, muitas ofensas, e, infelizmente, algumas pessoas esquecem do que estamos disseminando o ano todo, que é a luta para avançar ainda mais com os direitos da classe", ressaltou.

A programação também contou a presença da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal de Macapá para garantir a ordem e segurança no evento.

 

Outras ações

Desde 2015, o Governo do Estado cria e fortalece políticas públicas voltadas para a comunidade LGBT, entre elas:  implementação do nome social na carteira de identidade; adesão do Amapá à Política Nacional de Saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT);
criação do Núcleo de Acolhimento às Mulheres Amapaenses Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI); lançamento do Plano Estadual de Políticas Públicas LGBTQIA+; implementação do Serviço Especializado para atender vítimas de racismo e homofobia na Unidade de Policiamento Comunitário do Araxá, em Macapá; Suporte do Governo do Amapá com o Comida em Casa e Auxílio Cidadão Emergencial durante a pandemia para a população LGBTQIA+; sanção da lei que estende a licença-maternidade para servidores públicos que fazem parte de casais homoafetivos.

 

Por: Henrique Borges

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