Amigo é pra que coisas?
Dias atrás, uma amiga que não vejo e não falo, há muito tempo (e que se encontra em outro estado do Brasil), entrou em contato me pedindo um favor.
E a situação me fez ressignificar totalmente aquele ditado – e conselho – que fala para gente se afastar de pessoas que só nos procuram quando precisam.
Me fez refletir que amigo é pra essas coisas (no mais profundo sentido dessa frase).
Me fez refletir que, sim, que os meus amigos (ou familiares) podem contar comigo quando precisarem – se eu puder ajudá-los – não importa o tempo que a gente não se vê ou se fala.
No caso dessa amiga, era uma situação difícil e delicada. E o que ela me pedia tinha relação direta com o que eu amo fazer: escrever.
Como não se sentir realizados podendo ser lembrados por aquilo que amamos fazer?
E ainda por cima, poder estender a mão com os nossos dons e talentos?
Me fez pensar:
“E se ela não pudesse encontrar em mim a amiga que precisava?”
Me fez lembrar:
“Não foi em vão todo carinho, afeto e gargalhadas que tivemos quando estávamos próximas”.
Me fez atentar:
“Não há nada de errado em me procurar quando alguém precisar”.
Me fez constatar:
“Eu tenho tantos amigos, amigas e familiares que não vejo e não falo há tanto tempo que se eu recebesse uma mensagem ou ligação de qualquer um me pedindo socorro, meu coração ia ficar pequeno de tanta gratidão de poder ser útil”.
Então, não. Eu não seguirei o conselho que diz para se afastar de quem só me procura quando precisa.
Se um dia você precisar de mim e eu puder te ajudar, não importa o tempo que a gente não se vê ou se fala, estarei aqui para te estender a mão.