Por que padronizar a escrita na comunicação institucional/corporativa?
Quanta falta faz esse documento numa organização que, para muitos, pode parecer bobeira.
Pois afirmo com toda certeza que se as organizações levassem esse instrumento a sério, muitos ruídos de comunicação seriam evitados - e indisposição também.
Até porque, na maior parte dos textos escritos por uma assessoria de imprensa/comunicação são utilizadas técnicas jornalísticas.
Isso mesmo, jornalismo tem técnica. E esse por si só deveria ser um argumento convincente para não bagunçarem o texto escrito pelo (a) jornalista da organização e mostrarem respeito por essa profissão.
Uma coisa é o gestor pedir pra alterar uma informação que se mostra equivocada no texto, outra coisa é ele imprimir o "seu estilo de escrita" naquele conteúdo e colocar caixa alta onde não se coloca ou escrever por extenso o que não se escreve...
É aí que entra o Manual de Redação e Estilo, ainda mais se forem vários jornalistas que atuam na equipe, uma vez que cada um também vai escrever de um jeito: a sigla que deveria ser "assim" o outro escreve "assado" e, assim sucessivamente.
Agora se o gestor ou gestora quiser colocar caixa alta onde não se coloca e escrever por extenso o que não se escreve e outras "cositas mas", também é para isso que serve o Manual de Redação e Estilo, ou seja, para PADRONIZAR a comunicação.
Mas não só por isso, como, principalmente, para o gestor ou gestora não fazer o papel de "editor de texto" mudando palavras e expressões que não alteram em nada o sentido da informação (essa, aliás, não é a função de um editor de texto, diga-se).
Esse deveria ser um dos pontos a serem discutidos entre a equipe de comunicação e os gestores ou entre prestadores de serviço/agências de comunicação e clientes.
Afinal de contas, se existe Manual de Identidade Visual, por que também não se instituir um Manual de Redação e Estilo?
O que você acha?