Por que os jornalistas estão mudando de área…
"O jornalismo mudou e tornou-se muito rápido, muito factual, muito do momento, e essa transição que eu peguei na época me desiludiu um pouco e tirou o tesão de trabalhar com a notícia”.
O relato é da Nathalia Lobo, que saiu do jornalismo para atuar como nutricionista clínica funcional e pediátrica e, hoje, trabalha com crianças autistas com seletividade alimentar. Ela foi entrevistada, junto com outras jornalistas (segue o link), sobre a transição da carreira de jornalista para outras áreas.
Quem me levou a esse relato foi a Luiza Bodenmüller, no Linkedin, que também foi entrevistada e falou de suas percepções sobre a área, a quem agradeço por ter me permitido chegar nesse conteúdo que, sim, me pegou em cheio.
Não por estar inclinada a fazer o mesmo - confesso que, pelo menos por ora, isso não está nos meus planos -, mas por me deixar consternada com a situação.
Comentei no post da Luiza que o relato da Nathalia me pegou sobre o foco que ela observou mais no factual do que em matérias especiais, o que a fez abandonar a carreira, entre outros fatores.
Jornalismo especializado sempre foi a minha bandeira, inclusive, no TCC. Ainda na faculdade eu observei a necessidade de especializar a informação, aprofundar as coberturas para a população entender o que de fato impacta na sua vida.
Lá nos idos de 2010, quando me formei, já sabia que o jornalismo factual não era muito a minha praia. Muito por isso, depois que saí da faculdade, em alguns veículos por onde percorri acabei me tornando repórter especial em razão dessa minha característica de esmiuçar os temas que cobria.
Por isso que entendo e lamento por todos os jornalistas que um dia se encantaram pela função social dessa profissão e que mudaram de ideia no meio do caminho...