Varíola dos macacos: SVS divulga estratégias de combate à doença no Amapá; veja como prevenir
Idosa de 93 anos com sintomas foi notificado como 1º caso suspeito no Amapá, na terça-feira (2).
Após o Amapá notificar o primeiro caso suspeito de Monkeypox, doença conhecida popularmente como "varíola dos macacos", a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) divulgou estratégia de combate à doença. Ações incluem a capacitação dos profissionais da saúde e campanha de conscientização e prevenção voltada para o público. (Veja no final desta reportagem sintomas e como se proteger)
Na terça-feira (2), as equipes da SVS participaram de uma capacitação da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. De acordo com o órgão, o primeiro passo é o reforço da vigilância na rede de saúde para monitoramento dos casos com a capacitação dos profissionais de todos os municípios.
De acordo com a gerente do Centro de Informações Estratégicas da SVS, Solange Sacramento, o órgão faz o rastreamento dos contatos que o primeiro caso suspeito notificado no interior do Amapá teve nas últimas semanas.
"Esse caso suspeito que nós já notificamos, nós estamos fazendo o rastreamento dos contatos e estamos investigando para saber se os domiciliares da paciente que está sob suspeita estão manifestando sintoma", detalhou.
A notificação dos casos no Amapá segue o seguinte modelo definido pelo Ministério da Saúde:
Caso suspeito:
- início súbito de lesões nas mucosas ou erupções cutâneas sugestivas para monkeypox.
Caso provável:
- exposição próxima ou prolongada sem proteção respiratória ou contato físico direto com parceiros (as) múltiplos ou desconhecidos nos 21 dias que antecedem os sintomas;
- exposição próxima ou prolongada, sem proteção respiratória, ou com contato íntimo (incluindo sexual) com caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas;
- contato com materiais contaminados, como roupas de cama, banho ou utensílios de uso comum que pertençam a caso provável ou confirmado da doença nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas;
- trabalhadores da saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual com histórico de contato com caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.
Caso confirmado:
- casos analisados em laboratório com resultado positivo para a presença da doença.
Caso suspeito no Amapá
O governo do Amapá informou na noite de terça-feira (2) que notificou o primeiro caso suspeito de Monkeypox, doença conhecida popularmente como "varíola dos macacos". A paciente é uma idosa de 93 anos de idade, que não está hospitalizada, mas foi orientada a fazer o isolamento em casa. Ela é moradora da zona rural, no interior do estado.
Conforme a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), a notificação ao governo federal aconteceu na tarde de terça-feira. A situação epidemiológica é monitorada no estado desde maio, com equipes em alerta para o surgimento de paciente com sintomas.
A paciente teve "erupções cutâneas que se encaixam dentro da definição epidemiológica atual para casos suspeitos da doença", segundo a SVS. A mulher teve material coletado para análise que será iniciada pelo Laboratório Central do Amapá e, posteriormente, enviado ao laboratório de referência para diagnóstico, o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais.
Declarada neste sábado (23) como emergência de saúde global, a varíola dos macacos costuma causar erupções na pele, que se espalham pelo corpo.
Veja lista de sintomas e como se proteger
Sintomas mais comuns:
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Como se proteger:
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
Fonte: G1-AP