Julgamento Popular do ex-policial civil Leandro Silva Freitas chega ao seu terceiro dia
A Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá deu continuidade, nesta quarta-feira (19), à Sessão de Julgamento Popular do ex-policial civil Leandro Silva Freitas, que responde pela acusação de homicídio qualificado por perigo comum e feminicídio que vitimou a empresária Ana Kátia Silva, crime cometido em julho 2020. O terceiro dia de júri foi iniciado com a retomada da oitiva (escuta) de testemunhas e prevê, ainda no decorrer do dia, o depoimento dos peritos que trataram do caso. A primeira testemunha, o delegado do caso, foi interrogado por 03 horas e 20 minutos.
Existe a possibilidade de ser apresentada a arma utilizada no crime e que sejam realizadas simulações no estacionamento do Fórum Desembargador Leal de Mira. O procedimento foi solicitado pela acusação e autorizado pela titular da Vara do Tribunal do Júri, juíza Lívia Simone.
O julgamento do caso do ex-policial foi iniciado, na segunda-feira (17), com o depoimento de cinco testemunhas. No segundo dia de júri, ontem, mais cinco depoimentos foram colhidos. De acordo a magistrada, a unidade previa a Sessão com duração de até três dias, mas há chances de ser estendida para o quarto dia.
A autoria do crime em questão possui duas versões diferentes: uma do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e uma da defesa do acusado Leandro Freitas.
A denúncia ofertada pelo MP-AP sustenta que o policial civil foi o responsável pela morte da empresária, ocorrida durante discussão dentro de um veículo. De acordo com a perícia, a vítima foi atingida com um tiro disparado a curta distância – “à queima roupa” – e o caso foi caracterizado como homicídio qualificado por perigo comum e feminicídio.
Já a tese da defesa do réu alega que não há provas suficientes para apontar que o disparo foi efetuado por Leandro Silva e declara, ainda, que o réu nega envolvimento amoroso com a vítima.
Por Fernanda Miranda