Foto: PF

Polícia Federal reprime migração ilegal de Oiapoque a Guiana Francesa

Operação realizada no extremo norte do Amapá cumpre três mandados de busca. Um desses, referesse ao caso de uma brasileira que sobreviveu durante 4 dias em uma ilha deserta, resgatada por acaso pela polícia francesa.


A PF deflagrou na manhã desta terça-feira, 8/11, ação para combater as práticas delituosas de promoção ilegal de migração, além do crime de expor a perigo embarcação. Foram cumpridos três mandados de busca a apreensão em residências de pessoas suspeitas de tais práticas ilícitas no município de Oiapoque. As medidas judiciais foram expedidas pela Justiça Federal – Subseção Judiciária do Amapá.

As investigações tiveram início em fevereiro deste ano, quando familiares denunciaram o desaparecimento de uma brasileira, que havia adentrado uma embarcação clandestina – no município que fica no norte amapaense – com destino ao Suriname. Em certa altura, o barco chocou-se com uma pedra, tendo a tripulante caído no mar da Guiana Francesa e sido levada pela força da correnteza. Os demais ocupantes da embarcação nada sofreram.

Por estar usando coleta salva-vidas, a mulher ficou por cerca de 12 horas boiando em alto mar, até que conseguiu alcançar uma praia. O local era inabitado, e ela ficou por lá durante quatro dias, sem se alimentar nem ingerir água. O resgate da brasileira se deu ao acaso, quando policiais da Guiana Francesa faziam trabalho de rotina no local e a encontraram, prestando os devidos cuidados para sua recuperação.

Além de a embarcação que partiu do Brasil não ter qualquer autorização legal, os responsáveis por ela – piloto e proprietário – não comunicaram às autoridades o desaparecimento da tripulante, de modo que em momento algum foi iniciado trabalho de resgate, com a nacional tendo sua vida salva por acaso.

Os crimes investigados têm penas que, somadas, podem chegar a dez anos de reclusão, além do pagamento de multa.




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