Guias do Bioparque de Macapá são capacitados sobre dados técnicos de áreas de ressacas

Esta ação faz parte do projeto "Olhos D.água: Sistemas de áreas úmidas da bacia do Igarapé da Fortaleza", que contempla a entrega de um mapa destas ressacas ao Bioparque da Amazônia.


A Embrapa Amapá coordenou uma capacitação aos guias de visitas do Bioparque da Amazônia “Arinaldo Gomes Barreto”, localizado na zona sul de Macapá (AP), sobre conhecimentos técnicos em vários aspectos relacionados às áreas de ressacas da bacia do Igarapé da Fortaleza. Esta ação faz parte do projeto "Olhos D'água: Sistemas de áreas úmidas da bacia do Igarapé da Fortaleza", que contempla a entrega de um mapa destas ressacas, a ser exposto no Bioparque em área de fácil visualização dos visitantes.

Antônio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral do centro de pesquisas, e João do Amaral Dias Neto, diretor-presidente do Bioparque, participaram da abertura do curso; e a pesquisadora Ana Euler fez a apresentação detalhada sobre o projeto “Olhos D’água” via videoconferência da França, onde encontra-se cumprindo agenda de Cientista Visitante da Embrapa. “O objetivo é formar os guias para sensibilizar os visitantes sobre a importância das áreas de ressaca como “ar condicionado” e “filtro” de água a serviço da população. Só valorizamos o que conhecemos, as ressacas são serviços gratuitos que a natureza nos oferece. Cuidar desses ambientes é importante para nossa qualidade de vida”, destacou Ana Euler.

Em seguida, os participantes foram estimulados a falarem suas impressões sobre a importância das áreas de ressaca para a cidade de Macapá, citar animal e planta que consideram como mais importantes símbolos da natureza na cidade; o chama mais atenção dos visitantes do Bioparque quando estão em contato com a floresta e o lago; e exporem suas dúvidas aos instrutores, todos pesquisadores do Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).      

A programação constou de temas específicos. O tema “Sistemas de áreas úmidas campestres (ressacas): a importância de conhecer e cuidar do nosso ar condicionado natural, filtro natural da água que consumimos e defesa contra as inundações”, foi apresentado pela pesquisadora Valdenira Ferreira; enquanto a abordagem sobre “A importância de conhecer e cuidar das árvores e outras plantas que nos fornecem sombra, embelezam a paisagem e fornecem alimentos para os animais e pessoas, foi conduzida pelo pesquisador Tonny Medeiros. O aspecto “Fauna: que bicho tem aqui? Por que são importantes e como podemos protegê-los?”, foi o tema abordado pela pesquisadora Claudia Silva; enquanto o tema “Abelhas, besouros e outros insetos, o que nos dizem sobre a qualidade ambiental do lugar onde vivemos?" foi apresentado pelo pesquisador Alexandre Jordão.

O Projeto Olhos D’Água – Gestão ambiental com participação social para a valorização dos serviços ambientais e belezas cênicas da bacia do Igarapé da Fortaleza -, foi viabilizado com recursos da emenda parlamentar do ex-senador João Capiberibe (PSB/AP). O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou 23.909 mil moradias localizadas em áreas de ressaca no estado. Mais da metade estão na cidade de Macapá.

O número de casas nessas áreas úmidas, porém, pode ser maior porque a pesquisa do IBGE catalogou apenas dez áreas de ressacas na capital, 17 a menos em relação às verificadas pela Prefeitura de Macapá. Nesse contexto, o Projeto Olhos D’Água busca gerar informações para apoiar políticas públicas na gestão ambiental da bacia do Igarapé da Fortaleza, integrada aos programas urbanísticos e de promoção da produção rural periurbana. O trabalho da Embrapa é feito em parceria com o Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

 

Dulcivânia Freitas (DRT-PB 1.063/96)




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