Redução de mamas - entenda o que é o procedimento
Entenda o que é e como funciona o procedimento de redução de mamas além de conhecer as principais indicações para essa cirurgia. Confira!
Ter saúde não significa apenas a ausência de doenças. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) uma pessoa saudável é aquela que se encontra em um estado de completo bem-estar físico, mental e social.
Nesse contexto, a necessidade de uma cirurgia plástica pode significar muito mais que vaidade e estética. Em muitas situações, ela melhora a qualidade de vida, a autoestima e resolve outros problemas médicos.
Este é o caso da cirurgia de redução de mamas. Embora não seja uma prática tão divulgada, este procedimento foi a 5.ª cirurgia estética mais realizada no país, sendo responsável por 9,9% dos procedimentos totais no Brasil, segundo uma pesquisa publicada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Afinal, os seios grandes geram excesso de peso, causando desconforto, dores na coluna, problema postural e até mesmo diminuição do bem-estar, interferindo na autoestima e na saúde mental dessas pessoas.
Neste conteúdo, confira algumas dúvidas sobre a redução das mamas, as principais indicações e entenda melhor como funciona este procedimento.
Indicações para a redução de mamas
As principais indicações para a redução de mamas são problemas funcionais, como dores e desconforto causado pelo tamanho dos seios, assim como dermatites de repetição abaixo do peito. E também, a causa estética, o tamanho desproporcional e assimétrico, por exemplo.
Vale ressaltar que essa cirurgia não é feita somente pelas mulheres. Entre os homens, o procedimento se chama correção da ginecomastia, sendo o terceiro mais frequente do mundo, conforme os dados de uma pesquisa global da ISAPS, sigla inglesa para Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética.
Embora não exista uma idade certa para ser realizada, o recomendado é que seja feita após o desenvolvimento completo do corpo, entre os 16 e 17 anos. Abaixo, conheça as reclamações mais frequentes apresentadas aos cirurgiões plásticos:
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Dores nas costas e no pescoço;
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Dermatite abaixo das mamas;
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Dores no ombro e de cabeça;
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Fissuras na pele do ombro causadas pelo sutiã;
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Problemas de postura;
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Assimetria;
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Dor nas mamas;
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Dificuldade para se exercitar e encontrar roupas;
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Autoestima e bem-estar.
Em geral, a redução das mamas devolve o bem-estar a essas pessoas, evitando outros problemas e minimizando os danos à saúde física e mental, sendo uma opção segura e rápida.
Entenda o que é o procedimento de redução de mamas
Para reduzir as mamas, o procedimento é feito por meio de incisões cirúrgicas que retiram o excesso de gordura, pele e glândulas mamárias. Em alguns casos, a gordura pode ser retirada com lipoaspiração.
No entanto, o tipo de incisão e os procedimentos que serão feitos variam conforme a anatomia de cada paciente, suas preferências, necessidades e os conhecimentos e técnicas especializadas de cada médico.
Posto isto, entenda quais são as 4 etapas básicas deste tipo de cirurgia:
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Anestesia
A cirurgia de redução das mamas é considerada de média complexidade. Sendo assim, o primeiro passo é a anestesia geral aplicada ou sedação intravenosa. Normalmente, a operação dura em torno de 3 a 4 horas.
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Incisão
A incisão significa os cortes feitos para remoção do excesso de gordura, da pele e do tecido mamário. Em geral, existem duas principais técnicas:
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Padrão de raquete ou fechadura: mais usado em reduções medianas;
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Padrão em forma de T invertido: utilizado em incisões maiores e em grandes reduções.
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Remoção do excesso de tecido e reposicionamento das aréolas
Após as incisões, a aréola pode ser diminuída, em alguns casos. Nesta etapa, o cirurgião também pode levantar os seios e modelar, buscando o padrão estético que o paciente desejar.
Em algumas situações, quando as mamas são grandes demais, o mamilo e a aréola são retirados e transplantados em uma posição mais simétrica para os seios, isto é, ocorre um enxerto.
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Sustentação das mamas e fechamento das incisões
Com o seio já reduzido pela remoção de gordura, pele e tecido mamário, as suturas devem ser realizadas em camadas profundas, visando a sustentação dos seios. Para uma melhor cicatrização, o fechamento é feito por camadas com cola cirúrgica, tela ou fios farpados.
Certamente que antes da cirurgia o paciente precisa apresentar alguns exames laboratoriais, como hemograma e avaliação completa. Além disso, precisa informar os medicamentos que toma e outros detalhes em relação à saúde.
O resultado é permanente?
Como toda cirurgia plástica, nenhum resultado é 100% permanente, isso porque todo organismo sofre alterações com o passar dos anos. Deste modo, na redução de mama não é diferente.
Isso quer dizer que, em alguns casos, podem ocorrer perdas parciais dos resultados obtidos, como a flacidez natural e a mudança do posicionamento das mamas.
Vale destacar que essas transformações ocorrem independente da cirurgia, já que fazem parte do envelhecimento natural da pele, que perde, aos poucos, seu poder de contenção e elasticidade.
A recuperação na redução das mamas
Após o procedimento cirúrgico, é normal um pouco de dor, sendo importante usar um sutiã com boa sustentação, evitar deitar de bruços e tomar os analgésicos receitados pelo médico. Em geral, quando há pontos, eles são removidos cerca de 8 a 15 dias após a cirurgia.
Durante este tempo, o paciente precisa repousar, evitando mexer os braços e o tronco, nem ir à academia ou dirigir nas primeiras semanas. Em alguns casos, a mulher utiliza um dreno por aproximadamente 3 dias para drenar todo excesso de sangue e evitar complicações.
Embora pareça, à primeira vista, um procedimento complicado, a redução de mama é uma cirurgia segura e eficaz para reduzir o tamanho total dos seios. Desta forma, essa operação apresenta riscos mínimos, como raras infecções, cicatrizes ou perda de sensibilidade nos mamilos.
No entanto, atualmente, existem procedimentos modernos que acompanharam o avanço tecnológico como a Mamoplastia R24R, em que o paciente consegue ter um pós-operatório tranquilo e com braços livres, trabalhando e dirigindo já no dia seguinte, além de poder voltar aos exercícios após 15 dias.
Por Mayara Neudl