Amapá vai receber as primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos
A princípio, o imunizante será oferecido para grupos específicos, como pessoas que mais tiveram contato com material contaminado.
O Amapá receberá, nos próximos dias, as primeiras doses da vacina para a varíola dos macacos, doença também conhecida como monkeypox. A remessa, com 65 doses, foi enviada pelo Ministério da Saúde e será disponibilizada ainda esta semana pela Coordenação Estadual de Imunizações, vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
A princípio, o foco da vacinação será os grupos específicos, que são as pessoas vivendo com HIV/Aids, com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses (condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções); e pessoas que mais tiveram contato com material contaminado.
De acordo com a superintendente da SVS, Margarete Gomes, o envio de doses será feito conforme o andamento da vacinação e de acordo com as solicitações dos estados.
“O Amapá não possui um cenário epidemiológico que indique o crescimento do público-alvo para receber a vacina, por isso a imunização será restrita a alguns grupos”, salientou a superintendente.
Esquema vacinal
O esquema vacinal ocorrerá por meio de agendamento prévio no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), no Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal).
“As pessoas que irão receber a vacina já são cadastradas e atendidas pelo CRIE, e se encaixam nos grupos de riscos, todas têm indicação médica para receber o atendimento”, disse a coordenadora Estadual de Imunizações, Maria Angélica Oliveira de Lima.
O Amapá, possui 3 casos confirmados da doença, todos registrados em outubro de 2022, e de acordo com informações do Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) não há casos suspeitos atuais ou em investigação atualmente.
Varíola dos macacos
A doença tem sinais e sintomas que se caracterizam por lesões e erupções de pele, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. É contagiosa e pode ser transmitida por contato direto com casos confirmados da doença, através de secreções, objetos contaminados e gotículas no ar.
Para se prevenir, é recomendado o uso de máscaras e a higienização das mãos e ambientes. Em caso de suspeita, deve-se buscar ajuda nas unidades de saúde dos municípios para início imediato do protocolo de atendimento e isolamento.
Por: Mônica Silva