Foto: Mônica Silva/SVS
Governo do Amapá alerta para cuidados e prevenção contra a coqueluche

Governo do Amapá alerta para cuidados e prevenção contra a coqueluche

Mesmo sem registros de novos casos desde outubro de 2024, no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Estado alerta para a importância da vacinação.


Desde outubro de 2024, não há registros de novos casos de coqueluche atendidos no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá. A doença infecciosa, que atinge as vias respiratórias podendo ser confundida com os sintomas de gripe, afeta principalmente bebês e crianças. O Governo do Amapá alerta para a vacinação da pentavalente, que é a principal forma de prevenção. 

No Amapá, 77,09% das crianças foram imunizadas em 2024 com a dose de reforço. Entre os adultos, o público alvo são as gestantes, com 72,79% delas vacinadas. Além da coqueluche, a penta previne ainda difteria, tétano, hepatite B e influenza B.

“Quando recebemos um caso de criança com sinais de coqueluche, temos que isolar das outras crianças e fazer o tratamento com o antibiótico e medidas para melhorar a respiração. Em alguns casos em crianças abaixo dos seis meses de idade, elas tendem a evoluir para insuficiência respiratória", explicou o pediatra Cleison Brazão, responsável técnico pelo Pronto Atendimento Infantil (PAI).

Pediatra Cleison Brazão, responsável técnico pelo Pronto Atendimento Infantil (PAI).

Pediatra Cleison Brazão, responsável técnico pelo Pronto Atendimento Infantil (PAI).

Foto: Lorena Lima/Sesa

De janeiro a setembro de 2024, o HCA registrou 11 internações de pacientes diagnosticados com coqueluche. A maioria em bebês até 1 ano de idade; desses, 4 tinham apenas dois meses de vida.

"A infecção apresentou maior incidência no Amapá no período após a pandemia, quando houve menor procura pela vacinação por parte da população. Por isso, a imunização é tão importante e pode salvar vidas", reforçou Brazão.

A Sala de Vacina do HCA realiza busca ativa diária entre as crianças internadas e em observação, atualizando os cartões com todas as vacinas. O setor mantém a imunização de pacientes e profissionais do hospital.

A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacina pentavalente

A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacina pentavalente

Foto: Aog Rocha/GEA

Coqueluche

A doença é uma infecção causada pela bactéria bordetella pertussis, altamente transmissível, principalmente pelas vias respiratórias e tem o agravo dos sintomas entre crianças de 3 a 6 meses de idade, as mais atingidas. Os sinais em crianças infectadas pode durar, em média, 10 semanas, de acordo com o Ministério da Saúde, que dividiu os sintomas em três níveis:

  • 1º estágio: sintomas parecidos com os de um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Eles podem durar por semanas;
  • 2º estágio: a tosse seca piora, e o paciente pode ficar com a pele mais arroxeada ou vermelha;
  • 3º estágio: a tosse é tão intensa que pode comprometer a respiração, além de causar vômitos, cansaço extremo e falta de ar.

Pentavalente

A principal forma de prevenção é a vacina pentavalente aplicada em bebês com menos de um ano, que devem tomar três doses aos 2, 4 e 6 meses de vida. Depois é preciso tomar o reforço com 1 ano e 3 meses e aos 4 anos. O imunizante, que também é voltado à gestantes e profissionais da saúde, está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e faz parte do calendário nacional de vacinação.

Por Lorena Lima




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