Pré-COP 30: Amapá e Guiana Francesa juntos em cooperação pela COP da Amazônia
Governadores assinam declaração de intenção para apresentar modelo sustentável no encontro mundial em Belém (PA)
A cooperação entre o Amapá e a Guiana Francesa será levada conjuntamente pelos governos da região à Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) a ser realizada em novembro deste ano em Belém, no Pará.
O governador do Amapá, Clécio Luís, e o presidente da Coletividade Territorial da Guiana (CTG), Gabriel Serville, representado pelo 1º vice-presidente, Jean-Paul Fereira, assinaram uma declaração de intenção que oficializa essa união.
Cooperação internacional é marca da gestão de Clécio Luís
"A Guiana Francesa e o Amapá podem, juntos, potencializar a defesa do meio ambiente, o enfrentamento às mudanças climáticas, as relações comerciais e culturais que nos ligam. Assinar o protocolo fortalece essa relação. Vamos chegar fortes na COP para mostrar um modelo que respeita a Amazônia quilombola, indígena e ribeirinha", pontuou o governador do Amapá.
A assinatura ocorreu na sexta-feira, 10, em Caiena, capital da Guiana Francesa, onde brasileiros e guianenses compartilham o dia a dia, desde o trabalho e questões econômicas até a celebração cultural entre os povos.
"Muitas vezes tendemos a acreditar que estamos protegidos por nossa exuberante floresta equatorial, e naturalmente não nos preocupamos com as consequências das mudanças climáticas. Mas somos diretamente os primeiros a sentir, vimos isso nos períodos de seca. E é por isso que assinamos essa convenção, para trabalhar esse caminho rumo à COP30", comentou o representante da CTG, Jean-Paul Fereira.
A assinatura ocorreu na sexta-feira, 10, em Caiena, para reforçar a cooperação entre nações
Na participação conjunta, os governos caminham para um discurso comum na busca de soluções sustentáveis e no fortalecimento da cooperação internacional, destacando uma das regiões mais preservadas da Amazônia e do mundo, ressaltando a necessidade do desenvolvimento econômico que respeita a floresta e, sobretudo, as populações que vivem abaixo da copa das árvores.
Um comitê será criado para coordenar a participação conjunta das discussões em Belém, seguindo um calendário de atividades preparatórias.
Por Fabiana Figueiredo