Dandara Queiroz compartilha costumes em aldeia indígena
"É onde me fortaleço", afirma a multiartista de origem tupi-guarani.
Dandara Queiroz encantou a web ao compartilhar a rotina na aldeia indígena Tabaçu Reko Ypy, fazendo pinturas de urucum e brincando no rio com as crianças da comunidade.
"É aqui que me fortaleço, me revitalizo e aprendo muito do que trago em mim, sobre minha cultura e minhas raízes", reflete.
Nascida em Araçatuba, interior de São Paulo, e criada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a jovem de 27 anos engaja-se no ativismo trabalhando coletivamente com lideranças originárias para inclusão e representação.
Nas redes sociais, Dandara compartilha o trabalho de sucesso na TV e na moda, além de costumes e origens como as pinturas corporais que dedica-se desde criança, usando de jenipapo a urucum. Dandara também produz acessórios e amuletos de proteção, além de cantar e compor.
"É extremamente necessário dar visibilidade à cultura indígena, à identidade de toda comunidade. Procuro fazer isso através das pinturas, da atuação, da música, da moda, do artesanato...através de todo espaço que eu ocupar", afirma.
Recente aposta da Rede Globo, a jovem atriz de origem tupi-guarani tem se consagrado: acaba de brilhar como Benvinda na novela 'No Rancho Fundo'. Pouco antes, protagonizou 'Falas da Terra - Histórias Impossíveis', em episódio que homenageou os povos originários.
Agora, prepara-se para a estreia de 'Planeta Menos 1 Lixo', obra do Globoplay e do canal Futura, onde explorará o caminho do lixo e suas causas e consequências, com o objetivo de educar e inspirar para uma consciência ambiental proativa.
Antes do sucesso na televisão, Dandara já havia despontado como modelo: detém título de recordista de desfiles na São Paulo Fashion Week de 2022, passagens pelo mercado internacional, capas para Vogue e Elle, e trabalhos para grifes renomadas como Lancôme - estrelando campanha mundial junto à prestigiada atriz Zendaya.
Quando consegue uma pausa na agenda de trabalhos, Dandara parte rumo à aldeia em Peruíbe, no litoral de São Paulo, onde os dias são de celebração:
"É onde reencontro minha família afetiva, onde faço meus rituais e tenho lindas trocas. Cantamos, dançamos...as meninas brincam de desfilar, e também de atuar. Se inspiram muito quando veem alguém com os mesmos traços fazendo isso. Sempre vou lá, é onde passo o Natal, o Ano Novo, onde descanso nos finais de semana. Nesse dia também assistimos a estreia de um documentário sobre lendas dos povos originários. É tudo muito cultural, ancestral e profundo", finaliza.
Por Thiago Bunduky