Na semana da Black Friday, advogada orienta consumidores sobre o golpe do pix

Na semana da Black Friday, advogada orienta consumidores sobre o golpe do pix

Black Friday pode chegar a 89,3 mil tentativas de golpe, com um prejuízo estimado de até R$ 500 milhões, caso as fraudes sejam efetivadas


Com a aproximação da Black Friday, consumidores de todo o país se preparam para aproveitar ofertas tentadoras, mas especialistas alertam: este também é um dos períodos com maior incidência de fraudes. Segundo o Indicador de Tentativas de Fraude - documento, produzido mensalmente pela Serasa Experian - "entre janeiro e julho de 2023, o Brasil ultrapassou a marca de 5,6 milhões de investidas fraudulentas que, se fossem bem-sucedidas, teriam resultado em mais de R$ 31,3 bilhões em perdas para as companhias e consumidores".

A organização acredita que o volume de fraudes para a Black Friday 2024 chegue a 89,3 mil tentativas de golpe, aproximadamente, entre a sexta-feira, dia 29 de novembro, e o domingo, 01 de dezembro, com um prejuízo estimado de até R$ 500 milhões caso essas fraudes sejam efetivadas.

A advogada especialista em Direito do Consumidor, Amanda Guedes Ferreira, aponta que entre os golpes mais comuns está o famoso "golpe do pix", em que criminosos atraem compradores com ofertas enganosas e exigem pagamento por transferência, deixando muitos consumidores sem o produto e sem o dinheiro.

“Infelizmente, algumas pessoas acabam se aproveitando desse comércio mais aquecido, fazem com que outras pessoas que estão interessadas em adquirir certos produtos ou serviços realizem o pagamento mediante transferência via PIX e depois essas pessoas se dão conta de que foram vítimas de uma fraude”, diz a advogada.

Professora do curso de Direito da Estácio, Amanda dá dicas para que os consumidores evitem fraudes durante a Black Friday e aproveitem com segurança o período de promoções, mas alerta que a principal recomendação é ter atenção redobrada antes de realizar qualquer compra. A advogada lista mais dicas abaixo:

1. Verifique a segurança do site: Ao acessar um site de compras, certifique-se de que ele é confiável. Uma forma simples de verificar é observar se o endereço começa com "https://", indicando que é um site seguro. Além disso, sempre prefira lojas e plataformas de renome.

2. Evite transferências fora da plataforma: Em plataformas de vendas conhecidas, todo o processo de compra deve ocorrer dentro do próprio sistema do site. Se um vendedor solicitar pagamento direto via pix ou outra transferência, desconfie. Ao sair da plataforma, o site deixa de ser responsável pela transação, aumentando o risco de fraude.

3. Desconfie de ofertas extremamente baixas: A Black Friday é conhecida por seus preços reduzidos, mas ofertas excessivamente baixas podem ser armadilhas. Compare preços e desconfie de valores muito abaixo do mercado.

4. Guarde comprovantes e documentos: Mantenha os comprovantes de pagamento e registros da compra. Em caso de problemas, esses documentos serão essenciais para um eventual pedido de reembolso.

 

Fui vítima de um golpe. O que fazer?

A advogada alerta que ao perceber que caiu em um golpe, o consumidor deve acionar imediatamente o seu banco, solicitando a abertura do Mecanismo Especial de Devolução (MED).

“O MED busca bloquear o valor transferido na conta recebedora. Além disso, é essencial registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia, o que pode ser feito online em muitos estados. Em seguida, recomenda-se procurar um advogado especializado em direito do consumidor para orientações e, se necessário, dar início a uma ação judicial. Neste ano, tome todos os cuidados para que as compras de Black Friday tragam economia e satisfação, e não prejuízos financeiros”, aconselha a professora de Direito da Estácio.


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