Ação humanitária do GEA envia farinha de mandioca para comunidades indígenas afetadas por praga
A iniciativa faz parte da ação humanitária para os moradores da região, que sofrem com a praga nas plantações de mandioca.
O Governo do Amapá deu início, nesta sexta-feira, 8, ao envio de 20,5 toneladas de farinha de mandioca para as comunidades indígenas do município de Oiapoque, enfrentando a praga que prejudica as plantações de maniva na região. Esta ação humanitária é parte das medidas após o decreto de situação de emergência, assinado em novembro pelo governador Clécio Luís.
Cada uma das 2,5 mil famílias beneficiadas receberá 30 quilos de farinha. O secretário de Desenvolvimento Rural, Kelson Vaz, destacou o início do cronograma, atendendo inicialmente mais de 680 famílias afetadas pelo fungo. A distribuição, com o apoio da Força Nacional, começará no sábado, 9, nas comunidades próximas à BR-156, seguindo para as famílias ao redor do rio Oiapoque. Um segundo lote será entregue até o final de dezembro para atender mais regiões.
A aquisição da farinha foi realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio da Cooperativa dos Moradores Agroextrativistas da Reserva do Baixo Cajari, em Mazagão. A situação de emergência foi declarada devido a doenças em plantações de mandioca causadas por fungos e uma bactéria nas terras indígenas de Oiapoque, somada à crise climática que afeta o Amapá.
As infestações nas plantações de mandioca ocorrem há aproximadamente 10 anos na região, mas este ano houve um aumento significativo, causando um colapso na produção. A mandioca é a base alimentar do povo da região, que abriga 66 aldeias e uma população estimada em mais de 10 mil indígenas.
A operação humanitária conta com a colaboração de diversos órgãos de assistência pública estaduais e federais, incluindo a Força Nacional, e atende à solicitação do governador ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Participam da ação a Conab, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a Funai, as comunidades indígenas e as secretarias estaduais de Assistência Social, Desenvolvimento Rural e dos Povos Indígenas.
Com informações/ Crystofher Andrade