Impasse no reajuste salarial dos servidores públicos: governo mantém oferta zero
Negociações individuais e mobilizações marcam cenário de tensão entre governo e servidores, segundo o JOTA.
Após reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) em Brasília, o governo federal não avançou na proposta de reajuste linear para o funcionalismo, mantendo a oferta de recomposição de 9% entre 2025 e 2026, sem aumento este ano. A informação foi divulgada pela newsletter gratuita "Por Dentro da Máquina" do JOTA, que já indicava essa tendência. O governo foca em negociações individuais com cada carreira, através de Mesas Temporárias e Específicas, das quais nove já resultaram em acordos.
O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) apresentou sua resposta à contraproposta unificada dos blocos de entidades do funcionalismo, mas a estratégia do governo, segundo coordenadora do Fonasefe, prioriza mesas específicas e reajuste de benefícios, como vale-alimentação, o que desagrada as entidades. Em resposta, os servidores planejam protestos em todo o país no próximo dia 8 de março e entidades importantes já discutem greve.
As carreiras ligadas ao Fonasefe e Fonacate pedem reajustes de 34,32% e 22,71%, respectivamente, enquanto a proposta do governo é de 9% entre 2025 e 2026, sem reajuste neste ano. A falta de negociadores nas mesas específicas e o acordo com os auditores da Receita Federal afetam as tratativas de outras carreiras, como fiscais do Trabalho e fiscais agropecuários, que pressionam por isonomia e reestruturação de carreira.
Os auditores fiscais agropecuários têm nova rodada de negociação com o Ministério da Gestão, enquanto os fiscais do Trabalho buscam regulamentação do bônus de eficiência. Apesar da pressão, não há greve, apenas aprofundamento do calendário de mobilização das entidades sindicais. A fonte desta informação é o site JOTA.
Fonte: JOTA