Amapá Digital | Domingo, 22 de dezembro de 2024.
Altas temperaturas são alerta para iniciativas sustentáveis que mantêm o ambiente fresco de forma natural
Com início no dia 21 de dezembro, o verão no Brasil promete bater recordes de calor. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a tendência climática para os meses de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024 inclui temperaturas acima da média em todo o país e picos de calor intenso, configurando-se como um dos verões mais quentes da história. Com isso, alguns truques alternativos ao ar-condicionado para refrescar o ambiente podem ser a melhor opção para sobreviver à estação mais quente do ano.
Instalar um aparelho de ar-condicionado é uma alternativa confortável, mas nem sempre é a melhor solução, pelo alto consumo de energia elétrica. Melhorar a ventilação natural dos ambientes é uma estratégia importante para se ter lares mais sustentáveis. Existem diversas alternativas que podem ser adotadas para que o ambiente fique agradável e mais fresco. A arquiteta do Grupo A.Yoshii, Lorena Santos, lista algumas sugestões de como manter a casa mais fresca com a correta disposição dos móveis sem barreiras à passagem de ar, a priorização de tecidos e texturas mais fluidos, a regulação térmica adequada com o uso de plantas naturais, dentre outros para tornar os próximos meses mais agradáveis, sem um ar sufocante ou um frio artificial do ar-condicionado.
Os tons claros transmitem uma sensação de leveza e frescor, sendo, por isso, recomendados para tornar os ambientes mais suaves e frescos. Cores como branco, off white, bege e tons pastéis são algumas opções. “Paredes e cortinas claras refletem mais luz do que absorvem. Por si só, não refrescam o ambiente, mas pelo menos evitam que ele esquente e transmita aquela sensação sufocante, explica a arquiteta.
No caso das cortinas, ela ressalta que filtrar a irradiação com tecidos leves do tipo voil ou tela solar, geralmente feitas de material sintético, é uma dica para permitir que o ar circule no ambiente. Ao mesmo tempo, funciona como uma barreira aos raios solares. “Além da função de filtros solares, as cortinas proporcionam a sensação de um ambiente mais arejado e fresco. Isso também vale para sofás, tapetes, almofadas e outros elementos com superfícies estofadas.”
Os tecidos naturais, como algodão, sarja e linho, são sempre recomendados em locais mais quentes, sendo mais agradáveis ao toque e muito mais frescos e aconchegantes que os tecidos sintéticos “Outra recomendação é substituir ou retirar os tapetes do ambiente para deixar o piso mais arejado. Seja porcelanato, vinílico ou laminado de madeira, sugiro priorizar o uso de tapetes menores e de tecidos mais finos e naturais, como o sisal e outras outras tramas naturais, para que o ambiente fique mais aconchegante e fresco”, comenta a arquiteta.
As plantas ajudam a trazer mais frescor para o lar, já que realizam um processo chamado de evapotranspiração, no qual a própria água da rega ajuda a combater o calor. “Incluir plantas dentro de casa é uma ótima opção para manter a casa fresquinha. Mesmo em espaços pequenos, é possível garantir maior frescor. Elas contribuem no aumento da umidade e, consequentemente, na purificação do ar, sendo boas alternativas aos ventiladores e umidificadores eletrônicos”, ressalta Lorena.
A arquiteta explica que, conforme a planta é regada, ela transpira o excesso de água que sobra depois da fotossíntese. Quando há várias plantas juntas, o ambiente fica mais fresco, tanto com vasos distribuídos pela casa quanto concentrados em um único canto. Caso o morador opte por uma “área verde” perto da janela, vale priorizar plantas que gostam de luz, como orquídea, fícus, ráfia, espada-de-são-jorge, filodendro, lírio da paz, samambaia e dracena “Uma boa opção é usar plantas que vivem apenas com água, como o singônio. Preencher o vaso com pedrinhas, como ametista ou argila expandida, para ficar ainda mais bonito, além de recorrer a um gel especial para jardinagem. Ele permite a evaporação da água, mas impede que sejam formados criadouros do mosquito da dengue”, comenta.
Para produzir luz, as lâmpadas incandescentes geram também calor. Substituir por modelos fluorescentes ou de LED é uma ótima opção, pois consomem menos energia e têm uma vida útil mais longa.
A arquiteta destaca que abrir as janelas é uma alternativa eficiente para economizar energia e uma das maneiras mais eficazes de manter a casa mais fresca, permitindo a circulação do ar. “As janelas costumam ser muito bem-vindas para trazer frescor, especialmente durante o dia, evitando o abafamento. Abrir as principais esquadrias ajuda a afastar o ar quente.”
Além das janelas, abrir as portas certas para proporcionar ventilação cruzada é uma solução fácil e prática “Sugiro fechar as portas dos cômodos que têm menor trânsito de pessoas durante o dia, já que isso vai impedir que o ar circule pelos ambientes que ninguém frequenta. Já à noite, a proposta é contrária: abra todos os cômodos para que o vento circule e deixe sua casa inteira arejada”, explica.
Além das alternativas naturais de regulação de temperatura, é possível umidificar o ar com recipientes com água fresca pelos ambientes da casa. “A dica é colocar embaixo do sofá ou da cama para que ninguém tropece”, explica a arquiteta. Outra dica são os próprios umidificadores e purificadores de ambiente. Especialmente se alguém mora em uma região mais seca, o aparelho é necessário, já que promoverá um ar mais úmido para respirar, além de conter filtros que eliminam micro-organismos, como ácaros e bactérias do ambiente.
“Você sabia que o carvão é conhecido por absorver a umidade e filtrar as impurezas do ar?”, questiona Lorena. Colocar uma pedra de carvão em alguns cômodos pode deixá-los mais frescos. Além disso, o carvão prolonga a vida útil das plantas. “A dica é colocar um pedaço de carvão triturado no vaso com água. Suas flores e plantas vão durar mais tempo! Além disso, a rocha, que é rica em magnésio, cobre e potássio, é perfeita para adubar floreiras e outras plantas. Além disso, ajuda a aumentar o pH, deixando a terra com uma melhor retenção de água e aeração”, finaliza a arquiteta.
o Grupo A.Yoshii
Fundado há 58 anos, o Grupo A.Yoshii já construiu mais de 2 milhões de metros quadrados do sul ao nordeste do Brasil, entre obras industriais, edifícios corporativos e residenciais, escolas, universidades, teatros e centros esportivos. É composto pela A.Yoshii Engenharia, com sólida atuação em construções de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão em Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas; pela Yticon Construção e Incorporação, que realiza empreendimentos voltados para o primeiro imóvel, localizados em regiões de potencial valorização em municípios do Paraná e do interior de São Paulo; e pelo Instituto A.Yoshii, braço de responsabilidade social, com foco em educação, cultura e meio ambiente. Além disso, atua em obras corporativas, atendendo grandes corporações em suas plantas industriais, nos mais variados segmentos da economia, como papel e celulose, alimentício, químico, agronegócio, energia, assim como em usinas sucroalcooleiras, centros logísticos, plantas automobilísticas, entre outros. Mais informações: www.ayoshiiengenharia.com.br.
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