Amapá Digital | Domingo, 22 de dezembro de 2024.
A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Extraordinária de Promoção da Igualdade Racial e da Fundação Municipal de Cultura, promoveu rodas de capoeira e apresentações de hip-hop na abertura do Festival Afromarabatuque, realizada na Praça do Fórum na noite desta sexta-feira, 29.
O evento, que exalta as manifestações afro-brasileiras e amapaenses, integra o Viva Santana, celebração pelos 37 anos de criação do município.
Cultura Viva, Tradição Forte
Para Isabel Nogueira, prefeita em exercício, o Afromarabatuque simboliza as raízes africanas e reforça a importância do reconhecimento: “Estamos iniciando a segunda etapa do Viva Santana, valorizando todos os segmentos culturais. O segmento afro tem papel essencial, e por isso começamos a programação com o Afromarabatuque, um movimento belo, que reúne diversos elementos das raízes africanas para destacar sua força e relevância”, declarou.
Capoeira como ferramenta social
Em Santana, a prática da capoeira é difundida em quase todos os bairros, desempenhando papel essencial no resgate social de jovens. O professor “Lakinho”, que começou a treinar aos 11 anos e hoje ensina a modalidade, destacou a importância do festival para divulgar essa arte: “O evento une grupos de capoeira de toda a cidade, incentivando o público a conhecer mais sobre essa tradição e o trabalho que realizamos”, explicou.
Parcerias que fortalecem
Com estrutura aprimorada, incluindo arquibancada coberta, camarins para artistas, stands de artesanato e palco principal, o festival conta com o apoio do Governo do Amapá, dos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre, e da Inova Norte.
O secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial, Leo Fernando Cordovil, ressaltou a evolução do evento: “Este ano, a estrutura foi ainda mais bem preparada. Teremos dois dias de festival, e a celebração é dedicada aos artistas. Esperamos um público expressivo para tornar essa festa ainda mais especial”, afirmou.
Aprovação popular
O festival atraiu diversas famílias, como a de Janaína Guimarães, que elogiou a escolha da capoeira para a abertura: “Começaram o evento com ‘chave de ouro’, porque escolheram as rodas de capoeira, que representam a nossa cultura ancestral viva, que são as nossas raízes. Foi uma escolha fantástica, e, se continuarem assim, pretendo vir no próximo dia”, comentou.
O Afromarabatuque segue no domingo, 1º de dezembro, a partir das 18h30, na Praça do Fórum, com apresentações de grupos de Batuque, Marabaixo e representantes de povos de terreiro.
Por Luana Silveira
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