Saúde

Dia D contra a Dengue mobiliza o país para eliminação de focos do mosquito


Ao longo deste sábado (14), agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estarão uniformizados e identificados, visitando residências para orientar a população


 

Neste sábado, 14 de dezembro, acontece o Dia D de Mobilização contra a Dengue. Em todas as regiões do país, agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estarão uniformizados e identificados, visitando residências para orientar as famílias e ajudar a eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A iniciativa, que une Governo Federal, estados, municípios e sociedade civil, é um chamado para que cada brasileiro tome medidas simples e eficazes para eliminar os focos do mosquito. Além das visitas domiciliares, ações educativas, mutirões de limpeza e outras iniciativas estão sendo realizadas em todo o território nacional.

“Em 75% dos casos, os focos estão nas nossas casas ou no entorno delas. Então, é uma chamada de atenção para todos. Cada um pode fazer o ‘Dia D’ na sua comunidade, buscando sempre o reforço dos nossos profissionais, agentes comunitários, agentes de endemia. Precisamos tapar caixas d’água, descartar o lixo adequadamente, manter limpas as vasilhas de água dos animais e eliminar qualquer acúmulo de água em vasos, pneus e outros recipientes”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

PLANO DE AÇÃO — Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia lançaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses no Brasil.

O plano visa diminuir os casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal. A iniciativa inclui a reorganização da rede assistencial, em colaboração com secretarias estaduais e municipais, para garantir que os pacientes sejam atendidos com rapidez e eficiência.

As ações estão divididas em seis eixos: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, preparação e resposta às emergências e comunicação e participação comunitária. Como parte do plano, o Governo Federal investiu R$ 1,5 bilhão no controle da dengue, um aumento de 50% em relação ao ciclo anterior.

“O Governo está fazendo a sua parte no intenso trabalho de coordenação, de visitas aos estados, de levar insumos como larvicidas, de reforçar o papel dos agentes de endemias tão importantes nesse processo de controle”, disse a ministra.

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO — De acordo com o Boletim InfoDengue, os casos de dengue crescem especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal lideram em número de casos.

A prevenção concentra-se na eliminação de criadouros do mosquito e na proteção contra picadas. Medidas eficazes incluem:

Eliminar recipientes que acumulam água, como pneus, garrafas e vasos de plantas;

Manter caixas d’água e reservatórios devidamente tampados;

Limpar calhas e lajes para evitar acúmulo de água;

Utilizar repelentes e roupas de mangas compridas, especialmente durante o dia, quando o mosquito é mais ativo;

Instalar telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos.
 

CAMPANHA — A segunda fase da campanha de conscientização para o controle da dengue, zika e chikungunya foi lançada no fim de novembro. Até 28 de dezembro, os canais digitais vão veicular a nova etapa da iniciativa. O foco está nos sintomas das doenças, com o slogan: “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. O objetivo é incentivar a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.

A campanha é parte de um esforço maior para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso. A etapa inicial da campanha, lançada em 18 de outubro, já alertava a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti com o slogan: “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”.

SINTOMAS — Os sintomas da dengue geralmente surgem entre 4 e 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar de leves a graves. Os sinais mais comuns incluem:

Febre alta de início abrupto;

Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos.

Dores musculares e nas articulações

Diarreia

Náuseas e vômitos

Dor nas costas

Manchas vermelhas na pele (exantema).

Conjuntivite (olhos vermelhos).

Em casos mais graves de dengue (dengue com sinais de alarme e dengue grave), são sinais de alarme:

Vômitos persistentes

Dor abdominal intensa e contínua

Acúmulo de líquido

Sangramento de mucosa (nariz, gengiva)

Dificuldade respiratória.

Queda da pressão arterial

Esses sinais requerem atenção médica imediata, pois podem ser fatais: taquicardia (batimentos acelerados do coração), pulso fraco, suor intenso associado às extremidades frias, sangramento grave e insuficiência respiratória.

A participação ativa da população é essencial para o controle da dengue. Ao adotar práticas preventivas e estar atento aos sintomas, é possível reduzir significativamente a incidência da doença e proteger a saúde de todos.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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