Amapá Digital | Domingo, 22 de dezembro de 2024.
Ao longo deste sábado (14), agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estarão uniformizados e identificados, visitando residências para orientar a população
Neste sábado, 14 de dezembro, acontece o Dia D de Mobilização contra a Dengue. Em todas as regiões do país, agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estarão uniformizados e identificados, visitando residências para orientar as famílias e ajudar a eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A iniciativa, que une Governo Federal, estados, municípios e sociedade civil, é um chamado para que cada brasileiro tome medidas simples e eficazes para eliminar os focos do mosquito. Além das visitas domiciliares, ações educativas, mutirões de limpeza e outras iniciativas estão sendo realizadas em todo o território nacional.
“Em 75% dos casos, os focos estão nas nossas casas ou no entorno delas. Então, é uma chamada de atenção para todos. Cada um pode fazer o ‘Dia D’ na sua comunidade, buscando sempre o reforço dos nossos profissionais, agentes comunitários, agentes de endemia. Precisamos tapar caixas d’água, descartar o lixo adequadamente, manter limpas as vasilhas de água dos animais e eliminar qualquer acúmulo de água em vasos, pneus e outros recipientes”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
PLANO DE AÇÃO — Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia lançaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses no Brasil.
O plano visa diminuir os casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal. A iniciativa inclui a reorganização da rede assistencial, em colaboração com secretarias estaduais e municipais, para garantir que os pacientes sejam atendidos com rapidez e eficiência.
As ações estão divididas em seis eixos: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, preparação e resposta às emergências e comunicação e participação comunitária. Como parte do plano, o Governo Federal investiu R$ 1,5 bilhão no controle da dengue, um aumento de 50% em relação ao ciclo anterior.
“O Governo está fazendo a sua parte no intenso trabalho de coordenação, de visitas aos estados, de levar insumos como larvicidas, de reforçar o papel dos agentes de endemias tão importantes nesse processo de controle”, disse a ministra.
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO — De acordo com o Boletim InfoDengue, os casos de dengue crescem especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal lideram em número de casos.
A prevenção concentra-se na eliminação de criadouros do mosquito e na proteção contra picadas. Medidas eficazes incluem:
Eliminar recipientes que acumulam água, como pneus, garrafas e vasos de plantas;
Manter caixas d’água e reservatórios devidamente tampados;
Limpar calhas e lajes para evitar acúmulo de água;
Utilizar repelentes e roupas de mangas compridas, especialmente durante o dia, quando o mosquito é mais ativo;
Instalar telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos.
CAMPANHA — A segunda fase da campanha de conscientização para o controle da dengue, zika e chikungunya foi lançada no fim de novembro. Até 28 de dezembro, os canais digitais vão veicular a nova etapa da iniciativa. O foco está nos sintomas das doenças, com o slogan: “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. O objetivo é incentivar a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.
A campanha é parte de um esforço maior para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso. A etapa inicial da campanha, lançada em 18 de outubro, já alertava a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti com o slogan: “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”.
SINTOMAS — Os sintomas da dengue geralmente surgem entre 4 e 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar de leves a graves. Os sinais mais comuns incluem:
Febre alta de início abrupto;
Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos.
Dores musculares e nas articulações
Diarreia
Náuseas e vômitos
Dor nas costas
Manchas vermelhas na pele (exantema).
Conjuntivite (olhos vermelhos).
Em casos mais graves de dengue (dengue com sinais de alarme e dengue grave), são sinais de alarme:
Vômitos persistentes
Dor abdominal intensa e contínua
Acúmulo de líquido
Sangramento de mucosa (nariz, gengiva)
Dificuldade respiratória.
Queda da pressão arterial
Esses sinais requerem atenção médica imediata, pois podem ser fatais: taquicardia (batimentos acelerados do coração), pulso fraco, suor intenso associado às extremidades frias, sangramento grave e insuficiência respiratória.
A participação ativa da população é essencial para o controle da dengue. Ao adotar práticas preventivas e estar atento aos sintomas, é possível reduzir significativamente a incidência da doença e proteger a saúde de todos.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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