Amapá Digital | Domingo, 22 de dezembro de 2024.
Número de profissionais ativos no programa do Governo Federal salta de 108 para 216 no estado. Eles atuam em 16 municípios e atendem cerca de 561 mil habitantes
ortalecimento da atenção primária à saúde, atenção a municípios com maiores índices de vulnerabilidade e olhar humanizado. Desde o início da atual gestão do Governo Federal, o Mais Médicos teve crescimento de 100% no Amapá. Em dezembro de 2022, havia 108 profissionais conectados ao programa. No início de novembro de 2024, o número saltou para 216 médicos ativos e ainda há 16 vagas em processo de ocupação. Só em 2024, são 52 novos médicos atuando no Amapá.
Os médicos atuam em 16 municípios do estado e alcançam cerca de 516 mil habitantes. Um dos indicadores do foco nas regiões onde há maior necessidade de atendimento é que 70 dos profissionais no Amapá estão fixados em municípios considerados de muito alta vulnerabilidade e outros 13 estão em regiões de alta vulnerabilidade.
Na divisão por gênero, há 122 profissionais de saúde do sexo feminino e 94 do masculino atuando no Amapá. Um grupo de nove médicos trabalha em distritos sanitários especiais indígenas, onde existem ainda seis novas vagas em fase de ocupação.
A faixa etária com maior número de médicos ativos no programa no estado é de 35 a 39 anos, com 55. Na sequência, 49 profissionais entre 30 e 34 anos e 36 entre 25 e 29 anos. No recorte por raça, a maioria (107 profissionais) se identifica como pretos e pardos. Na sequência, há 87 identificados como brancos e 22 como amarelos.
"O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família", afirma Jerzey Timóteo, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde
O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família JERZEY TIMÓTEO Secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde
NACIONAL — Em âmbito nacional, o Mais Médicos teve um crescimento de mais de 100% entre o fim de dezembro de 2022 e novembro de 2024. Eram 12,8 mil no final da gestão anterior e são 26,7 mil atualmente. Um efetivo que atende mais de 68 milhões de habitantes. Só em 2024, 6.729 novos profissionais entraram em atividade em mais de 2 mil municípios. O número representa mais de 25% do total de médicos ativos, que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).
RETOMADA — Em 2023, o programa foi retomado com o conceito de levar profissionais aos municípios distantes dos grandes centros e periferias das cidades. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre municípios com maior vulnerabilidade social, onde estão 60% dos profissionais.
DISCUSSÃO — Os resultados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no início de dezembro. O intuito foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.
ELOS — As referências e parcerias com estados e municípios são consideradas essenciais. São elos entre o Governo Federal e o local onde as pessoas efetivamente vivem, formam família e recebem atendimento. Essas parcerias garantem apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. "Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível identificar os desafios de cada território e alinhar ações, diretrizes e planos futuros", disse o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho. Para ele, o ano de 2025 será para consolidar o trabalho, metas e políticas retomadas desde o início da gestão.
Infográfico 1 | Quadro de crescimento do programa Mais Médicos no país, até novembro de 2024
NEGROS, QUILOMBOLAS E INDÍGENAS — Pela primeira vez na história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
CURSO E BOLSA — Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação de medicina de família e comunidade de R$ 4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento a novos profissionais em formação, para ampliar a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.
INTEGRAÇÃO — O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.
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