COVID 19: Réveillon é o medo dos especialistas, mas não dos jovens adultos

COVID 19: Réveillon é o medo dos especialistas, mas não dos jovens adultos


O número de jovens com coronavírus é cada vez maior no mundo, e de acordo com as informações em diversos artigos e sites e da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), essa situação é crescente, e se deve ao impulso da juventude em ‘não se preocupar com o amanhã’, A fadiga psicológica causada pelas medidas de isolamento social se torna um grande desafio para conter a pandemia, que já dura DEZ meses. Isso é especialmente evidente entre jovens adultos, que têm menos medo do coronavírus e sofrem maiores custos econômicos e sociais quando ficam em casa.

Essa situação e grave. Tanto que os governos de todos os países, estão retrocedendo e impondo medidas mais restritivas. No Brasil, o estado de São Paulo, anunciou fechamento de bares e boates e os restaurantes voltaram a ter horário menor. No Amapá, as mesmas decisões foram tomadas pelo governo do Estado e da capital amapaense, com maiores restrições e com possibilidade de endurecer essas medidas. 

E isso se deve ao aproximação dos festejos natalinos e de fim de ano e os especialistas acreditam que além das festas natalinas, quando acontecem os encontros familiares, um festejo restrito. Porém, é com referência as festas de Réveillon que deverão reunir centenas ou milhares de pessoas e estão sendo organizadas em todo o Brasil e devem favorecer a proliferação do coronavírus, quando todos sem encontram, se aglomeram  e mantém contatos muitos próximos apesar das restrições sanitárias e dos riscos para a saúde,

Essa situação tem se configurados nos últimos meses, como os grandes feriados, campanhas eleitorais, dia de votação, comemorações. Em  Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde usou o caso de uma família para fazer um alerta. Uma jovem de 18 anos foi a uma festa durante a semana. No domingo seguinte, ela foi a um churrasco de família. Ela contaminou 18 pessoas e 3 morreram.  

Uma ideia muito repetida nestes dias de pandemia é que aos nossos avós se pediu que fossem a guerras, enquanto a nós a única exigência que se está fazendo é que fiquemos em casa, no sofá. E isso gera ansiedade e aqueles que gostam da balada no fim de semana, ficar em casa, se tornou cadeia. É a juventude que mais sofre com o isolamento social, que por natureza, quer a liberdade de ir e vir, sem barreiras. Pois são  mais sociáveis, ativas, imediatistas, impulsivas e repletas de energia.

Para complicar, essa turma é uma das menos vulneráveis diante do coronavírus, que causa estragos principalmente entre os mais velhos e frágeis. Esse é um fator preocupante, porque pode estimular os jovens a descuidar da prevenção e não respeitar medidas de confinamento, o que seria trágico: apesar de estarem relativamente mais protegidos contra a covid-19, eles são transmissores do vírus e podem, se não participarem do esforço coletivo para conter o vírus, provocar a disseminação dele e contribuir para muitas mortes.

Buscar a festa parece natural depois de um longo período de isolamento, por outro é um risco desnecessário, que só corre quem tem a segurança ilusória de que a pandemia está arrefecendo. Mesmo assim, um número crescente de pessoas age como se não houvesse amanhã e sonha em transformar o próximo Réveillon na festa de suas vidas. Só isso explica que as principais praias e pontos turísticos do Brasil estejam promovendo eventos de grande porte que reunirão de uma centena a alguns milhares de pessoas na última semana do ano. Tudo indica que, apesar da Covid-19, a balada vai pegar.


REINALDO COELHO

REINALDO COELHO

JORNALISTA, EDITOR E PROFESSOR



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