Parteiras tradicionais: um ofício de amor à vida

Parteiras tradicionais: um ofício de amor à vida


O Dia Nacional das Parteiras Tradicionais foi celebrado em 20 de janeiro e eu vou contar pra vocês sobre esse ofício tão importante na história do Amapá (meu estado natal).

Foi pelas mãos dessas mulheres, as parteiras, que muitos amapaenses vieram ao mundo, principalmente, na época do ex-Território Federal, quando a região começava a se desenvolver.

A própria maternidade de Macapá, batizada de Hospital da Mulher Mãe Luzia, foi inaugurada no início da década de 1950 e, mesmo assim, o ofício das parteiras era tão forte que elas continuaram "pegando criança" por muito tempo.

Por falar nisso, a Mãe Luzia, como era carinhosamente chamada Francisca Luzia da Silva, além de lavadeira, benzedeira e passadeira, também era uma reconhecida e importante parteira que nasceu escrava, em Macapá, hoje capital do estado. Seu nome também batiza uma das principais avenidas da cidade.

Mesmo com o avanço da medicina, elas continuam "aparando" criança nas regiões remotas do Brasil onde há carência de serviços públicos de saúde, principalmente, no Norte e Nordeste. Repassado de geração em geração, o saber popular que elas têm contribuem para um parto humanizado.

Muitas acompanham as gestantes desde o pré-natal com suas técnicas de alívio de dor, orientações de posições, toque das mãos (quando a criança tá "fora de lugar", por exemplo), acolhimento e o que mais for necessário para dar tudo certo na hora do parto.

Uma das características do Amapá - e que eu muito me orgulho - é a valorização da cultura local. Um exemplo é o Museu Sacaca que representa - a céu aberto - o modo de vida dos ribeirinhos e de como se vivia há muito tempo, não apenas na área rural, como na própria cidade.

Hoje, muita coisa evoluiu. A maioria das casas não é mais como se pode observar ao visitar o museu. Mas fazer esse resgate da nossa identidade, com esses e outros elementos que representam a cultura amapaense, eu acho maravilhoso!

Se for a Macapá, não deixe de visitar o Museu Sacaca. Recomendo!

 

Maiara Pires

Jornalista, Escritora e Ghostwriter 
+55 61 98145-5785

www.asabedoriadoalto.com

Foto: José Baia 


Maiara Pires

Maiara Pires

Jornalista, Escritora e Produtora de Conteúdo Multimídia. Saiba mais: https://linktr.ee/maiarapiresescreve



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