Irmãos agricultores de 47 e 49 anos somem em floresta onde foram colher frutos
João Batista e Veridiano Lopes da Silva moram no município de Porto Grande, onde desapareceram no sábado (19). Eles não conheciam essa área de mata.
Os irmãos agricultores João Batista Lopes, de 47 anos, e Veridiano Lopes da Silva, de 49 anos, desapareceram na manhã do sábado (19), após entrarem em uma floresta que não conheciam, para colher frutos. O caso ocorreu na Zona Rural do município de Porto Grande, a 102 quilômetros de Macapá.
De acordo com a família, os dois saíram de casa com a mulher de um deles, por volta das 8h, para colher piquiá, fruto nativo típico da região amazônica. Eles usariam o fruto para vender na feira da capital. A mulher conseguiu voltar, mas eles não.
João e Veridiano são naturais do Rio Grande do Norte. João Batista mora no Amapá há pelo menos 13 anos, e trouxe o irmão para o estado há um mês. Ele estava em busca de emprego.
O local em que os dois desapareceram fica no ramal da linha C da Colônia Agrícola do Matapi. A região de mata é muito frequentada por caçadores e agricultores experientes, diferente dos irmãos, que nunca haviam entrado sozinhos nessa área.
“Ele nunca foi para lá, dessa vez tirou a ideia de ir para a mata atrás de piquiá com a minha mãe. Ela voltou, mas eles ficaram perdidos na mata”, disse o enteado de João Batista, Laílton de Paula Tenório.
A família registrou um boletim de ocorrência na tarde desta terça-feira (22) na Delegacia da Polícia Civil em Santana, onde o enteado de João Batista mora. As informações ficara de ser encaminhadas para a delegacia de Porto Grande, para dar andamento às investigações.
Equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Macapá e Porto Grande começaram as buscas na manhã de domingo (20), e até a tarde desta terça-feira não encontraram nenhum indício que levasse aos desaparecidos.
Além do CBM, amigos próximos dos irmãos, que possuem mais experiência dentro dessa mata, também auxiliam na procura.
Segundo o enteado, João Batista Lopes sofre de hipotensão (pressão baixa) e estava com um problema na perna direita, que dificultava a caminhada e causava dores constantes.
“Minha mãe está desesperada, só chora o dia todo. Nossa situação está muito difícil”, finalizou Laílton de Paula.
Fonte: G1-AP