Foto: José Baía

Uso de máscaras em locais abertos é liberado no Amapá com exceção de escolas e transportes

Novos dados apontam para queda histórica em número de casos, internações e mortes em comparativo do primeiro trimestre de 2022.


O Governo do Amapá lançou nesta segunda-feira, 4, o Decreto Nº 1645/2022 que estabelece as ações de enfrentamento à Covid-19 no Estado. Entre as maiores mudanças do relatório está a decisão de facultar o uso de máscaras em ambientes abertos. Em locais fechados, como transporte coletivo, ambientes hospitalares e escolas públicas e privadas, o uso continua obrigatório, de acordo com o documento.

O novo decreto será válido até 3 de maio. A decisão foi baseada na avaliação do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp), que avaliou o cenário epidemiológico dos primeiros três meses de 2022.

O documento prevê ainda o fortalecimento das ações estratégicas de vacinação para todas as faixas etárias, com destaque para crianças de 5 a 11 anos, que possuem uma taxa de 19,41% de cobertura com a primeira dose.

No último domingo, o Amapá não registrou novos casos de covid-19. Nesta segunda-feira foram apenas dois casos notificados, o que estabelece a tendência de queda apontada no relatório.

“No enfrentamento à covid, nós tivemos alinhamento em níveis governamentais, sobretudo, com as prefeituras, além disso, a área técnica do governo teve um papel importantíssimo nesse processo, pois todas as decisões tiveram o embasamento científico necessário para alcançarmos os números, que consideramos um sucesso”, destacou o secretário de Saúde do Amapá, Juan Mendes.

As decisões apresentadas foram deliberadas junto com o comitê técnico e prefeitos dos municípios do Amapá.

“Temos a missão agora de reforçar a assistência não-covid, pois percebemos que, com a redução dos indicadores da pandemia, outras doenças se manifestam como demandas a serem monitoradas e enfrentadas”, complementou o secretário Juan. 

Dados Epidemiológicos

Os números são históricos e apresentam o melhor cenário epidemiológico desde o início da pandemia. A curva de tendência do Estado está em queda há cinco semanas consecutivas, com média de casos confirmados abaixo de 100. A última semana epidemiológica analisada – de 27 de março a 2 de abril – se mostrou a melhor desde o início da crise sanitária, com o número recorde de 20 casos confirmados no período.

Em relação aos meses, em janeiro foram contabilizados 24.227 casos da doença, o número caiu para 8.704 em fevereiro e para 237 em março, representando diminuição de 99,03% entre o primeiro e o terceiro mês.

Óbitos registrados no período também tiveram queda considerável. Em janeiro, foram 44 mortes contabilizadas, 46 em fevereiro e em março foram apenas quatro óbitos registrados, todos de pessoas com comorbidades, uma queda de 90,91% entre janeiro e março.

As taxas de internações da rede pública e privada também registraram redução nos primeiros meses deste ano, com uma redução de até 90,59% entre os meses. Somente em março, foi registrada pela primeira vez a marca histórica de ocupação de 7% de leitos.

“Tivemos um marco muito importante neste último domingo, 3, quando não registramos nenhum novo caso de covid-19, isso é muito importante de ser destacado. Entendemos hoje, como Superintendência, que temos avanços a comemorar, mas também muito trabalho a ser feito, sobretudo, em relação a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, que precisa avançar”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Celisa Melo.


Vacinação

Em relação à vacinação, o Amapá possui 69,65% de cobertura para a primeira dose e 53,26%, para a segunda e a dose de reforço. O município com os melhores resultados é Santana, com 83% de cobertura para D1, 63,32% para D2 e 65,47% para D2+Dose de reforço.

Entre as faixas etárias, as crianças de 5 a 11 anos apresentam 19,41% de cobertura vacinal para a primeira dose. Adolescentes de 12 a 17 anos estão com 43,41% de cobertura para D1 e 43,19% para a D2. A população acima de 18 anos apresenta 79,36% para a primeira dose e 65,21% para a segunda.

 

 

Por: Rafaela Bittencourt




O que achou desta notícia?


Cursos Básicos para Concursos