Pai é indiciado por crime de tortura em Macapá
Um homem de 37 anos de idade agrediu a filha adolescente com a prática de tortura. O acusado deixou a moça por 5 horas embaixo do chuveiro, de joelhos no chão por 1 hora e pra finalizar o castigo, a espancou com um cinto. Tudo isto por conta da moça de 14 anos, ter conversado com um adolescente de 15 anos que reside no município de Oiapoque.
A Polícia Civil do Amapá, por meio da Delegacia Especializada em Repressão de Crimes Contra a Criança e Adolescente (DERCCA), indiciou um homem de 37 anos de idade, pela prática do crime de tortura.
De acordo com o Delegado Ronaldo Entringe, o fato foi denunciado pela mãe da vítima em fevereiro desse ano.
"A denunciante registrou boletim de ocorrência informando que sua filha, de 14 anos de idade, vinha sendo agredida pelo próprio genitor por ter conversado com um adolescente de 15 anos de idade, que reside no município de Oiapoque. Instaurei inquérito policial para apurar o fato e, em depoimento, a mãe da vítima declarou que sua filha morava há cerca de 4 anos com o pai em Macapá por ter mais condições de estudo do que em Calçoene, onde reside; que estava em Macapá dias após o fato e encontrou com sua filha, a qual havia fugido da casa do pai. A adolescente contou à mãe que, no primeiro dia, seu pai a deixou por cinco horas embaixo do chuveiro como forma de castigo, e, em seguida, a colocou de joelhos na parte externa da casa por cerca de 1 hora, momento em que teve a intervenção de sua madrasta pedindo para que o marido tirasse a adolescente do castigo. No dia seguinte, a vítima estava com sua irmã bebê no colo e, de forma repentina, seu pai a agrediu com um cinto, tendo acertado, inclusive, a bebê; parando minutos depois da intervenção da madrasta da adolescente. Em seguida, após a filha dizer que queria voltar a morar com sua mãe, o pai a puxou pelos cabelos e voltou a lhe agredir", explicou o Delegado.
O pai da adolescente foi intimado para interrogatório, mas não compareceu.
O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público para o oferecimento da denúncia.