Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos
Elizabeth II ficou à frente do trono por 70 anos, o reinado mais longo da história britânica
A rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu nesta quinta-feira (8), após complicações de saúde. A monarca estava recebendo cuidados médicos no Palácio Balmoral, na Escócia, onde faleceu. A informação foi confirmada pela família real, por meio das redes sociais.
Nascida Elizabeth Alexandra Mary, no dia 21 de abril de 1926, em Londres, era a filha mais velha de Albert, duque de York. Após a morte do pai, foi coroada como rainha em 6 de fevereiro de 1952, com 27 anos, já casada com Phillip, que recebeu o título de Duque de Edimburgo. Os dois tiveram quatro filhos, Charles, Anne, Andrew e Edward. Elizabeth e Phillip ficaram juntos até abril de 2021, quando o príncipe consorte faleceu.
Elizabeth II ficou à frente do trono por 70 anos, o reinado mais longo da história britânica. Durante esse período, a sociedade passou por diversas transformações e manter a monarquia foi um desafio.
Kai Lehmann, professor de Relações Internacionais, destaca os principais desafios durante o longo reinado da rainha. “A gente pode destacar que ela testemunhou o processo de descolonização, ou seja, o fim do Império Britânico, a entrada e saída da União Europeia e evidentemente a morte da princesa Diana”.
Além disso, o professor lembra que, durante esses anos, o Reino Unido passou por guerras e crises políticas e econômicas. Nesse contexto de crises e instabilidade, a rainha Elizabeth virou uma representação de confiança para o povo britânico. “Tem várias gerações que só conhecem ela como chefe de estado, ela era um símbolo de continuidade e segurança em tempos incertos e sombrios. Os britânicos gostam muito de tradição, principalmente para os ingleses, a monarquia representa isso, representa tradição, representa glória e, principalmente, a glória do passado”, explica.
Agora, o trono do Reino Unido é ocupado pelo filho mais velho de Elizabeth II, Charles III, o príncipe de Gales. Com 73 anos, ele é o rei mais velho a assumir o trono, e segundo o professor, pode ser considerado um rei de transição.
Além de dar continuidade à tradição, Charles enfrenta desafios econômicos e políticos, “O que vai acontecer com a Escócia? Com a Irlanda do Norte? Então, eu acho que o principal desse desafio do Charles vai ser além da própria instituição da Monarquia, vai ser uma influência, me parece que ele vai ter um trabalho difícil nesse sentido, de incorporar a tradição e continuidade. Ele vai ter que achar uma maneira de como exercer esse papel”, aponta o especialista.
Fonte: Brasil 61