PF combate grupo acusado de usar estudos da FGV para camuflar corrupção e fraudes
Policiais cumprem 29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo, inclusive na sede da instituição.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17), a Operação Sofisma, com o fim de apurar esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro implementado por organização criminosa que explorava a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os policiais cumprem 29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo, inclusive na sede da Fundação no bairro de Botafogo, na capital fluminense, na operação batizada como “Sofisma”. Entre os alvos estariam integrantes da família Simonsen, que são fundadores da FGV.
Residência de um diretor da FGV - Foto: PF/Divulgação
A investigação mostra que, além da emissão de pareceres falsos para esconder a corrupção dos agentes públicos, havia também superfaturamentos em contratos por dispensa de licitação.
Segundo a PF, a entidade "era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela".
Para esconder o dinheiro ilícito, além de empresas de fachadas nacionais, os policiais notaram que vários executivos usavam offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas.
Essa ação foi determinada pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, inclusive com ordens de sequestro e cautelares restritivas. As penas podem chegar a quase 90 anos de prisão. A CNN entrou em contato com a FGV e com a família Simonsen e aguarda retorno.
Com informações da CNN