Balança comercial bate recorde e registra superávit de US$ 6,7 bilhões em novembro
Exportações e corrente de comércio também foram os melhores para o mês desde 1989
A balança comercial brasileira registrou recordes em novembro para exportações, saldo e corrente de comércio, considerando a série histórica iniciada em 1989. O saldo comercial foi superavitário em US$ 6,7 bilhões (ante déficit de US$ 1,1 bilhão, em novembro do ano passado). As exportações, no mês passado, somaram R$ 28,2 bilhões, o que representa alta de 30,5% pelo critério de média diária em comparação a novembro de 2021. A corrente de comércio, também recorde para novembro, alcançou US$ 49,7 bilhões, ou seja, houve elevação de 12% em relação a igual mês de 2021. Os dados preliminares da balança comercial do mês de novembro foram divulgados nesta quinta-feira (1/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, em entrevista coletiva.
O saldo positivo de US$ 6,7 bilhões da balança em novembro refletiu exportações de US$ 28,2 bilhões e importações de US$ 21,5 bilhões. Em relação às importações, houve queda de 5,5% na comparação entre as médias de novembro deste ano com as de igual mês do ano passado.
No acumulado do ano, o saldo comercial superavitário em US$ 58 bilhões resulta de US$ 308,8 em exportações e US$ 250,8 bilhões em importações. A corrente de comércio do ano, portanto, já alcançou US$ 559,6 bilhões.
Confira os principais resultados da balança comercial
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Os números de novembro divulgados pela Secex indicam crescimento de 60,8% no valor das exportações da Agropecuária em relação a igual mês do ano passado, chegando a US$ 5,1 bilhões. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelas vendas de milho não moído, exceto milho doce (+ 222,3% com aumento de US$ 60,06 milhões na média diária); café não torrado (+ 47,4% com aumento de US$ 14,22 milhões na média diária); e soja (+ 16,2% com aumento de US$ 11,24 milhões na média diária).
Houve crescimento de 21,5% nas vendas da Indústria de Transformação, que somaram US$ 15,8 bilhões no mês passado. Os destaques foram os segmentos de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (+172,4% com aumento de US$ 44,52 milhões na média diária); açúcares e melaços (+ 69,8% com aumento de US$ 34,21 milhões na média diária); e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+ 84,6% com aumento de US$ 17,83 milhões na média diária);
Os embarques da Indústria Extrativa subiram 34,4% em novembro, somando US$ 7 bilhões. Os números foram impulsionados, especialmente, por óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+ 124,9% com aumento de US$ 127,20 milhões na média diária); outros minerais em bruto (+ 168,6% com aumento de US$ 3,28 milhões na média diária); e outros minérios e concentrados dos metais de base (+ 145,9% com aumento de US$ 0,52 milhões na média diária).
Acumulado no ano
De janeiro a novembro, as vendas da Agropecuária alcançaram US$ US$ 70,6 bilhões, alta de 37%, em comparação a igual período de 2021. Já, enquanto as saídas da Indústria de Transformação tiveram alta de 28,6%, atingindo US$ 167,4 bilhões. Na Indústria Extrativa, a Secex apontou queda de 7%, com US$ 69,1 bilhões nas exportações.
Já nos desembarques, a Agropecuária registrou expansão de 6,3% no acumulado do ano, com US$ 5,2 bilhões. Na Indústria Extrativa, as importações cresceram 75,5% no período, chegando a US$ 20,1 bilhões. Também aumentaram em 23,9% as compras para a Indústria de Transformação, que alcançaram US$ 223,3 bilhões.
Destinos e origens
Entre os principais parceiros comerciais do Brasil, a Secex destacou o aumento de 35,6% nas vendas para a China, em novembro (na comparação com igual mês do ano passado, totalizando US$ 7,19 bilhões. Para a Europa, houve crescimento de 44,7%, alcançando valor de US$ 5,46 bilhões. As remessas para a América do Norte subiram 3,3%, totalizando US$ 3,97 bilhões no mês.
Do lado das importações, as compras da China cresceram 6,7% em novembro, totalizando US$ 5,06 bilhões. Houve redução de 7,6% nas compras oriundas da Europa e de 15,8%, da América do Norte.
Fonte: Ministério da Economia