Brasil avança com digitalização da TV e acompanha chegada de tecnologias imersivas

Programa Digitaliza Brasil foi uma das principais iniciativas conduzidas pelo MCom para impulsionar a transição do analógico para o digital


No ano em que a TV brasileira completou 70 anos, em 2020, o Ministério das Comunicações (MCom) foi recriado e deu início a ações importantes para consolidar a era digital da televisão. A criação do programa Digitaliza Brasil, em 2021, aliada à desburocratização de processos de radiodifusão ampliou o alcance do sinal digital.

Já são 3,8 mil cidades com transmissão digitalizada, o que representa cerca de 68% dos municípios. As ações do MCom favoreceram, ainda, a oferta de canais digitais que já somam 15,5 mil. Em todo o país, são cerca de 640 entidades geradoras de TV e mais de 14,8 mil retransmissoras.

Com o Digitaliza Brasil, o MCom instituiu a política pública para digitalização dos serviços de televisão e contemplou localidades que tinham apenas transmissão analógica. “Estamos promovendo não apenas inclusão digital, mas principalmente inclusão social. Quem não tem internet, não tem TV digital, está distante da sociedade e das inovações tecnológicas", enfatizou o ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Para o programa foram considerados elegíveis 1.638 municípios. A primeira torre, instalada no âmbito do programa, foi inaugurada em setembro de 2021 em Tenente Ananias, no Rio Grande do Norte. De lá para cá, mais de 1,4 mil prefeituras assinaram termo de adesão e 592 ativaram estações digitais. A meta é contemplar 23 milhões de pessoas. Além de instalar a infraestrutura compartilhada para a transmissão, o programa também garantiu gratuitamente kits para acesso ao sinal digital às famílias inscritas no CadÚnico e que atendam critérios pré-estabelecidos.

O FUTURO DA TV - O MCom construiu os caminhos para o Brasil receber a nova geração da TV digital: a TV 3.0. Nos últimos anos, a Pasta investiu e incentivou estudos sobre as novas tecnologias, além de realizar reuniões a nível nacional e internacional para troca de experiências, principalmente com empresas e provedores dos Estados Unidos, Europa e Japão.

"Em 2021, fizemos aporte de recursos que permitiu aos pesquisadores de sete universidades brasileiras definirem as principais características do padrão da TV 3.0 e agora, em 2022 até 2024, aportamos novos recursos que vão permitir o desenvolvimento e a decisão sobre qual será o padrão da camada de rede do sistema", esclarece o secretário de Radiodifusão do MCom, Maximiliano Martinhão.
 

As novas aplicações irão tornar a televisão brasileira muito mais moderna, imersiva e com mais qualidade. Será possível uma integração maior entre o conteúdo transmitido pela emissora de TV e o da internet. Os telespectadores também terão ferramentas para personalizar as experiências, por exemplo, optar por um tipo de narração durante uma partida de futebol. "Serão abertas novas oportunidades de receitas para radiodifusores e melhores serviços para a população", ressalta Martinhão.
 

A evolução do atual padrão da TV digital, conhecida como TV 2.5, já começou a ser incluída em televisores fabricados no Brasil por meio da tecnologia DTV Play (também conhecida como Ginga-D), que permite maior integração com a internet e uma melhoria audiovisual com a inclusão de novos codecs para permitir uma experiência de áudio de maior qualidade e a transmissão de conteúdos de vídeo em HDR (High Dynamic Range).

 



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