Planejamento e metas para 2023: Como ter uma vida sem estresse e garantir a saúde mental?
Especialista comenta como os fatores estressores que afetam a saúde mental e atrapalham no cumprimento das metas para 2023
Adeus ano velho, feliz ano novo! 2022 está indo embora, um ano muito desafiador em diversos aspectos. E, com isso, surge a necessidade de fazer aquela retrospectiva das metas, o que foi materializado e analisar também o que não deu certo para fazer um novo planejamento para o ano que está por vir. Por isso, Rebeca Toyama, especialista em comportamento e tendências, traz 5 passos de como fazer um planejamento eficiente para auxiliar os brasileiros a se prepararem para 2023, visando a saúde mental e o bem-estar.
A pandemia e a crise devastaram a saúde mental da maioria das pessoas e que ainda sofrem com os resquícios, principalmente, no aspecto econômico. Segundo o Relatório Mundial da Saúde Mental de 2022, divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em todo mundo, casos de ansiedade e depressão cresceram mais de 25% na pandemia, e no Brasil, entre o período pré-pandemia e o 1º trimestre de 2022, foi registrado um aumento de 41% no diagnóstico médico de depressão, ultrapassando outras doenças.
Por isso, a especialista aponta que como 2022 foi um ano desafiador, onde ainda se observa altos índices de endividamento, inadimplentes e incertezas no cenário socioeconômico, a saída para a população é fazer um planejamento eficiente para que o ano de 2023 cause menos danos à saúde mental.
“A pandemia nos trouxe várias provas de como é importante termos planos e estarmos prontos para lidar com os imprevistos, pois eles acontecem quando menos esperamos. Por isso, é de extrema relevância planejar, porque assim podemos nos preparar para driblar os desafios. Quando você planeja o seu ano, consegue ter mais foco em suas metas, concentrando seu tempo e energia no que realmente trará os resultados esperados”, comenta Rebeca Toyama, especialista em comportamento.
Porque o estresse e a saúde mental abalada atrapalham o planejamento?
De acordo com Rebeca Toyama, os estressores como: vida desorganizada e compressão no trabalho, geram irritabilidade e ansiedade que atrapalham o foco e a concentração. Porque boa parte dos estressores partem dos recursos escassos, como o dinheiro e o tempo, por exemplo, portanto, é necessário se atentar e analisar: ‘está gastando mais do que se tem, ou está colocando mais afazeres na agenda do que cabe?’.
“Os estressores consomem tempo e energia, que acabam se esgotando quando precisamos para executar as tarefas planejadas. Portanto, não cuidar do bem-estar pode comprometer as necessidades básicas do ser humano como o sono e a alimentação saudável que traz desconforto tanto para o corpo físico como para a saúde mental, distanciando ainda mais as pessoas das suas metas e do planejamento anual”, explica a especialista em comportamento.
E porque é importante fazer um planejamento?
Quando não se planeja e não se tem metas, os pensamentos e a nossa energia começam a se dispersar. E segundo a especialista em comportamento, quando isso acontece se desperdiça o potencial e o tempo de cada pessoa, a afastando dos propósitos e de uma vida com sentido, e com isso, impacta a saúde mental e piora o estresse.
Pesquisas já apontam que a maioria dos brasileiros não conseguem cumprir com as metas estabelecidas no início do ano, mas vale ressaltar que a falta de metas claras e foco são os principais motivos que levam a maioria dos brasileiros a falharem nesta tarefa.
Não existe uma fórmula única e eficiente para se fazer um planejamento que cabe para todos, porque cada pessoa possui uma dinâmica única, mas existem meios de alertar e mostrar os caminhos para a própria pessoa seguir de maneira leve e assertiva.
“Para planejar é necessário que façamos uma retrospectiva do passado, em seguida tenhamos clareza de nossas expectativas futuras para compreendermos nosso presente em perspectiva. Esse diagnóstico temporal deve incluir nossa vida pessoal e profissional, sem deixar de lado a forma como influenciamos e somos influenciados pelas pessoas e ambientes que nos cercam”, comenta Toyama.
Vale ainda ressaltar ainda que existe um tripé para trazer uma vida mais saudável, sem estresse e com a saúde mental em dia. Para Toyama, esse tripé é composto pela carreira alinhada a um propósito maior, viver uma vida com sentido e ter/alcançar o bem-estar financeiro.
“A carreira está alinhada a um propósito maior significa sentir que essa carreira colabora com pessoas e com a sociedade; Viver a vida com sentido, é estar alinhado aos nossos valores e que o nosso potencial esteja sendo exercido; E o bem-estar financeiro não é o ganhar muito, mas sim se relacionar bem com o dinheiro, para não se tornar um fator de estresse, e sim um veículo para se viver uma vida com qualidade e perto de quem se ama. Todos esses pontos contribuem para se ter uma vida saudável e plena”, finaliza Rebeca.
Rebeca Toyama, especialista em comportamento e tendências, trouxe 5 passos de como fazer um planejamento eficiente para auxiliar os brasileiros a se prepararem para 2023, visando a saúde mental e o bem-estar:
1- Relacione as promessas, metas e objetivos que você definiu no início do ano, separe em duas listas: realizadas e não realizadas;
2- Faça uma retrospectiva de 2022, buscando seus acertos e erros relacionados à vida pessoal e profissional;
3- Identifique as decisões que foram tomadas que resultaram nos acertos e erros, e em seguida elabore uma lista de aprendizados;
4- Agora sim, você está pronto para definir suas metas para o ano novo! Lembre-se de incluir as metas pessoais e profissionais, e que todas devem ser quantificáveis, veja o exemplo: quer emagrecer, quantos quilos?, quer poupar, quanto por mês?, quer aumentar a renda, em quantos por cento?, quer correr, quantos quilômetros?, quer ler, quantas páginas por semana?;
5- Só após definidas as metas estamos prontos para planejar as ações! Observe que planejar ações sem saber onde quer chegar compromete o bem-estar, prejudica a saúde mental e não nos leva a lugar nenhum.
Sobre Rebeca Toyama
Rebeca Toyama é fundadora da ACI, signatária do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica e Administradora. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Atua há 20 anos como palestrante, mentora e coach. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT, da Galícia Educação, da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia. Colaboradora do livro Tratado de Psicologia Transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos.