Parada de ônibus lotada no bairro Brasil Novo, na Zona Norte — Foto: Hill Uyraçú/Rede Amazônica

Motoristas e cobradores de ônibus paralisam atividades e paradas ficam lotadas em Macapá

Empresas que deixaram de colocar os ônibus nas ruas nesta quinta-feira (26) foram Capital Morena e Amazontur, segundo o Setap.


Para cobrar direitos trabalhistas, os funcionários de duas empresas de ônibus de Macapá estão com as atividades paralisadas desde as primeiras horas desta quinta-feira (26) o que limitou o acesso ao transporte público, principalmente os que circulam na Zona Norte da capital. A situação causa desde cedo preocupação de passageiros e paradas lotadas.

De acordo com Cristiano Souza, que falou pelo Sindicato dos Rodoviários, os motoristas e cobradores planejavam uma paralização de 3h, mas após o término, a própria empresa teria determinado que eles fossem para casa.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) informou que as empresas que deixaram de colocar os ônibus nas ruas foram a Capital Morena e a Amazontur, ambas gerenciadas pela mesmo empresário.

Até a publicação desta reportagem, o g1 não conseguiu contato com o gerente das empresas para detalhar o que teria gerado a interrupção no serviço. A prefeitura de Macapá também ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

Para quem precisou chegar na aula ou no trabalho, o cenário foi de preocupação, principalmente na Zona Norte, atendida quase totalmente pelas duas empresas.

Veja nota na íntegra do Setap:

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) esclarece que a paralisação desta quinta-feira, 26, dos trabalhadores das empresas associadas Capital Morena e Amazontur ocorreu por intransigência do Sindicato dos Rodoviários (Sincotrap). Não houve comunicação formal nem foram obedecidos os critérios que regem o funcionamento de serviços essenciais, como é o caso do transporte público.

O Sincotrap é sabedor das dificuldades enfrentadas pelo sistema, especialmente os quase quatro anos sem reajuste tarifário e a inércia da CTMac em regulamentar o subsídio ofertado pelo Município como forma de evitar um reajuste tarifário para R$ 4,55, valor calculado pela própria prefeitura.

Além disso, os sucessivos aumentos do óleo diesel, que hoje representa 50% do custo de operação e as incertezas sobre a renovação da desoneração do ICMS sobre o diesel agravam ainda mais o problema.

Até que essas questões sejam solucionadas, não há segurança jurídica para qualquer acordo de reajuste salarial e até mesmo a continuação da operação das referidas empresas.

O Setap lamenta a atitude do Sincotrap e pede a compreensão da população.

 

Fonte: G1-AP




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