Instuições públicas debatem 91 anos da Conquista de Direito ao Voto Feminino
Secretaria de Direitos Humanos reuniu órgãos do Legislativo, Judiciário, MP, Segurança e Comunidade no Dia Nacional da Conquista do Voto Feminino
Mulheres da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Macapá, do Ministério Público do Amapá (MP-AP), do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar (PM-AP) foram destaques na comemoração pelo Dia Nacional da Conquista do Voto Feminino, que aconteceu no auditório da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), nesta sexta-feira (24).
“Foi uma manhã inteira de palestras, roda de conversa e apresentação de peça teatral pelas servidoras do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram)”, pontuou a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Socorro Marques.
Participantes receberam certificado da Secretaria Municipal de Direitos Humanos | Fotos Ian Mowbray / PMM
O secretário de Direitos Humanos, Raimundo Azevedo, contou um pouco sobre o ingresso do direito ao voto pelas mulheres, a partir da instituição no Código Eleitoral, quando a participação da mulher teve força democraticamente em 1932, e não apenas para quem tivesse estudo, mas foi aberto a todas as mulheres por meio da Constituição Federal de 1934, momento que igualou homens e mulheres ao direito ao voto. O secretário pontuou esse cenário feminino nos dias atuais.
“De 1932 até os dias atuais houve avanços, com muito esforço e luta de cada mulher, mas ainda é preciso que mais mulheres sejam protagonistas, principalmente no campo da política, para a promoção de políticas públicas em prol da representatividade feminina”, ressaltou o secretário.
A presidente da Comissão de Participação Feminina do Tribunal Regional Eleitoral no Amapá (TRE-AP), Lena Mendes, disse que é fundamental ter a consciência do voto quanto à inserção da capacidade feminina, permitindo que essa mulher possa construir uma participação consciente e efetiva para a promoção do crescimento e do fortalecimento da democracia.
Lena Mendes, representou o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amapá (TRE-AP) | Foto Ian Mowbray
Já Lindalva Jardina esteve no evento para falar sobre o voto feminino e a importância para a construção de uma sociedade mais justa, porém, o que mais comoveu e inspirou a plateia foi a história de vida dela. Filha de agricultor e de costureira, Lindalva teve uma infância pobre e de muita luta, e com coragem conseguiu vencer muitas barreiras para se tornar uma promotora de Justiça. São 28 anos de atuação.
Promotora de Justiça, Lindalva Jardina, que atua há 28 anos no Ministério Público, destacou a importância da divulgação sobre o fortalecimento da mulher | Foto Mônica Nascos
Na linha de frente da Promotoria Eleitoral do MP-AP, a promotora Lindalva destacou a importância da divulgação da cidadania, do direito de escolher os representantes, de votar e de ser votado.
“Esta data deve ser difundida para toda sociedade para o conhecimento de crianças, de jovens, da academia, para que possa haver debates com intuito de promover uma maior visibilidade no Brasil e em todas capitais brasileiras”, concluiu a promotora Eleitoral.
Por Mônica Nascos