Foto: Erick Macias/GEA

Governo apresenta as potencialidades para expandir matriz energética do Amapá

As características geográficas, como vastos rios e alta incidência solar, permitem que o estado se posicione como uma potência da energia limpa.


Com aproximadamente 96% de preservação florestal, o Amapá possui um território cortado por vastos rios e com incidência solar durante cerca de 50% do ano.  Esse é um cenário ideal para a expansão da matriz energética do estado, a partir de fontes de energia limpa, como a solar, a eólica e a biomassa, que utilizam, respectivamente, a luz do sol, a força dos ventos e a matéria orgânica para produzir eletricidade.

Essas potencialidades foram apresentadas pelo Governo do Estado nesta terça-feira, 6, em um encontro coordenado pela Secretaria de Estado de Relações Internacionais em parceria com o Senai e com a presença de investidores estrangeiros.

Tradicionalmente, o estado já utiliza as hidrelétricas, que são consideradas fontes de energia limpa. Agora, o objetivo é expandir o uso de outras fontes renováveis, que utilizam-se de recursos não esgotáveis. São alternativas que não geram grandes impactos ambientais, reforçando o compromisso do estado em aliar o desenvolvimento econômico mantendo as florestas de pé.

No encontro, o Governo do Estado reforçou o incentivo para o crescimento de fontes de energia limpa, por meio de programas como o Amapá Solar, que financia a instalação de placas fotovoltaicas.

Como resultado, essa alternativa vem crescendo em solo amapaense: nos últimos 14 meses, 2.500 unidades de placas fotovoltaicas foram implantadas no estado, que conta com mais de 60 empresas para realizar este tipo de serviço.

“Nós estamos em uma transição energética e em busca de energia renováveis e o estado não pode ficar de fora. Ressalto que já existem estudos voltados para energia eólica no Amapá, ou seja, temos características favoráveis para produção de energia limpa”, destacou o vice-governador, Antônio Teles Júnior.

Para o  secretário de Relações Internacionais, Lucas Abrahao, o cenário internacional também favorece que o Amapá amplie a produção de energia limpa.

O gestor acrescentou que, a partir dessas fontes, é possível produzir o hidrogênio verde, que é o hidrogênio de baixo carbono e 100% sustentável por não emitir gases poluentes durante seu processo de produção. O hidrogênio verde pode ser utilizado como combustível.

“O Amapá apresenta novas matrizes energéticas, a partir das energias eólica, biomassa, solar e do hidrogênio verde. A Europa já definiu que vai parar de queimar combustível fóssil e isso abre uma oportunidade para que o Amapá seja um fornecedor de energia limpa”, declarou o gestor.

Para o diretor regional do Sesi/Senai, Sérgio Moreira, o encontro busca promover o Amapá na ótica da biodiversidade e da sustentabilidade.

“Queremos buscar recursos externos. Assim, temos a participação de empresários da Inglaterra, Espanha e de outros países. Se nós conseguirmos posicionar o Amapá como potência de energia limpa, teremos uma dinâmica econômica forte e sustentável”, disse Moreira.

O seminário também contou com as participações do senador Randolfe Rodrigues e do presidente do conselho deliberativo do Sebrae/AP, Josiel Alcolumbre.

 

 

Por: Weverton Façanha




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