Ação policial investiga esquema de "caixinha" de facção do AP
Fazem parte da Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) a Polícia Federal, PRF, PM, PC, IAPEN e SEJUSP.
A Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá, em conjunto com o GAECO – MP/AP, deflagrou na manhã desta sexta-feira (10/03), a Operação Caixinha, com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, sendo uma busca e uma prisão realizada em um interno do IAPEN e demais realizados nos bairros Infraero ll, Pacoval e Conjunto Macapaba, no município de Macapá.
A ação é um desdobramento da Operação Godzilla, deflagrada em janeiro de 2023, no qual foi possível identificar indivíduos membros de uma organização criminosa atuante no estado do Amapá e em alguns municípios do estado do Pará, responsável por diversos crimes.
Nas investigações foi possível identificar quatro lideranças, sendo uma delas o lider de “gestores” que atuava de dentro do IAPEN, responsável pelo sistema de pagamento de mensalidade para à facção, denominada “caixinha”.
Sob ordem de liderança dentro do IAPEN, os investigados que atuavam na rua, dentre eles uma mulher identificada com poder decisório, eram responsáveis por catalogar e receber os valores a título de taxa de manutenção dos membros ligados à faccção criminosa nos bairros Infraero I, II e II e São Lázaro.
O processo consistia no pagamento mensal que variava entre R$ 50,00 à R$ 100,00 reais, a depender das atribuições e funções estabelecidas dentro da facção, sendo o pagamento, um requisito indispensável para integrar o grupo de faccionados.
Em contrapartida, era garantido aos associados, uma especie de autorização para traficar drogas nas áreas de domínio da facção, além de receber a proteção da organização criminosa nos mais diversos assuntos relacionados à criminalidade.
Os valores eram pagos em espécie a membros da organização responsáveis pela arrecadação e também feitos por transferências bancárias na modalidade pix.
Os investigados que já respondem pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e munição, furto qualificado e outros crimes similares, poderão responder pelo crime de organização criminosa. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 8 anos de reclusão mais pagamento de multa.
Fazem parte da Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) a Polícia Federal, PRF, PM, PC, IAPEN e SEJUSP.
Durante o cumprimento das buscas, um dos investigados, morador do bairro Infraero, foi flagrado com uma arma de fogo e munições. Além da prisão preventiva, o investigado foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições.
O homem foi levado à sede da PF para os procedimentos cabíveis.