Degradação de plástico composto por amido de mandioca é tema de pesquisa da Ueap na 53ª Expofeira
Estudante de Engenharia, Isadora Barros estudou a capacidade que o material tem em se decompor no solo e expõe no evento.
Como mais uma das programações da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) na 53ª Expofeira do Amapá, a aluna Isadora Barros, do curso de Engenharia Química, apresentou seu trabalho de iniciação científica para o público do evento, cujo foco é analisar o quanto a presença de amido de mandioca pode acelerar no processo de decomposição de plásticos.
O amido de mandioca, que é goma utilizada para fazer a tapioca, serve para atrair os microrganismos que se alimentam do mesmo. A ideia é que com o passar do tempo, bactérias e fungos, possam se adaptar para também consumirem o plástico.
“Poder apresentar esse trabalho na Expofeira me deixou muito feliz, pois acredito que ele pode contribuir com a comunidade, tenho muito orgulho”, celebrou a estudante.
Os compósitos de plástico e amido de mandioca foram introduzidos em solos de composteirasFoto: Arquivo/Felipe TavaresEm 2023, o trabalho foi premiado em 1º lugar na categoria de Ciências Exatas e Engenharias, durante a etapa estadual da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Em novembro, a estudante viaja para Fortaleza para apresentar sua pesquisa no Congresso Brasileiro de Ciência e Engenharia de Materiais.
"Foi uma honra imensa ter o meu trabalho reconhecido, fiquei muito emocionada de ver que todo o esforço dedicado à pesquisa valeu a pena. Isso me incentivou a continuar estudando e me esforçando na minha iniciação científica", concluiu Isadora.
O goniômetro foi uma das ferramentas utilizadas na pesquisa e quantificou o ângulo de contato no plásticoFoto: Arquivo/Felipe TavaresOrientado pelo professor Felipe Tavares, docente do próprio colegiado de Engenharia Química, o estudo utilizou amostras de plástico (polipropileno) com 30% de composição de amido de mandioca e comparou seu comportamento com amostras sem a presença desse material em solos de composteira.
"Sabemos do esforço existente na ciência para encontrar alternativas de aplicações sustentáveis a esse material, no qual demora tanto para se degradar no meio-ambiente”, disse o professor doutor Felipe.
Ela voltou e cresceu!
Com uma estrutura maior e a presença de mais empreendedores, a 53ª Expofeira do Amapá se consolida como a maior feira de negócios da Amazônia. Para os 11 dias de evento, foram montados palcos, pavilhões, arenas, praças de alimentação, parque de diversão e espaços agrícolas e rurais.
Com foco no desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental, a área total passou de 181,5 mil metros quadrados para 231 mil. A participação de empreendedores individuais e microempreendedores foi ampliada de 521 para 700. Além disso, 532 empresas vão disponibilizar produtos e serviços ao público.
A 53ª Expofeira conta com a parceria do Ministério do Turismo, dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), Serviço Social do Comércio (Sesc), CEA Equatorial, distribuidora Caribeña e da Associação dos Municípios do Amapá.
Por Luan Rodrigues